Recapitulando: na Aula 1, começamos a conhecer alguns detalhes sobre Roma: vimos o mapa, conhecemos lenda de Rômulo e Remo, fizemos uma comparação entre Grécia e Roma e também os Períodos da História Romana (Monarquia, República e Império), além de lermos um pouco sobre os patrícios e os plebeus. Agora, vamos entender como Roma mudou de República para Império, e como foi o desenvolvimento (e o fim) desse Império.
A Expansão Romana
É quase impossível imaginar como é que Roma, uma cidade, acabou conquistando um dos maiores territórios do mundo, chegando a ter 6 milhões e 500 mil km², no Ano 117 d.C. E, nesse território, viviam cerca de 88 milhões de pessoas, entre judeus, gregos, egípcios, fenícios, celtas e outros povos, além dos próprios romanos.
O que sabemos é que os romanos começaram conquistando seus vizinhos, na Península Itálica. Depois, dominaram um território maior, na Guerras Púnicas (264 a 146 a.C.), e não pararam mais. Observe, no mapa abaixo, a maior extensão do Império Romano:
Mas, é necessário que saibamos que, quanto mais poder os romanos tinham, mais a sociedade deles ia mudando. O Senado, por exemplo, que era composto por 100 anciãos, na Monarquia (753 a 509 a.C.) e escolhia os reis, além de aconselhá-los, aumentou para 300, na República (509 a 27 a.C.), e tornou-se o órgão administrativo máximo nesse período, passando a controlar todos os outros cargos.
Mas, os senadores eram todos patrícios, no início. Somente em 494 a.C. é que foi criado o cargo de Tribuno da Plebe, que seria a pessoa que representaria os plebeus. Dois desses tribunos da plebe: Tibério Graco (169 ou 164 a.C./133 a.C.) e seu irmão, Caio Graco (154 a.C./121 a.C.), tentaram fazer uma reforma agrária, mas fracassaram: Tibério e Caio foram assassinados.
Dicionário: reforma agrária é a reorganização da estrutura fundiária com o objetivo de promover e proporcionar a redistribuição das propriedades rurais, ou seja, efetuar a distribuição da terra para realização de sua função social. É dividir as terras para que todos possam ter uma parte.
E, no caso de Roma, quanto mais haviam conquistas, mais haviam terras. Os patrícios estavam enriquecendo cada vez mais, e o número de escravos (das terras conquistadas) também aumentava. Os escravos romanos faziam diversas atividades: trabalhavam nas terras dos romanos (escravos rurais), nas minas (os mais maltratados), nas casas (faziam a limpeza, cozinhavam, administravam, ensinavam grego para as crianças ricas, animavam as festas, dançando ou tocando algum instrumento musical, etc.) e até no serviço público (pertenciam ao Estado e faziam a limpeza, por exemplo). Os escravos podiam ser de qualquer lugar (os gregos eram valorizados, para ensinar a língua) , homens, mulheres ou crianças, como no quadro abaixo (1882), de Gustave Boulanger (1824/1888), que retrata um mercado de escravos:
Como vemos, o aumento das terras romanas não significou melhorias para todos, e a luta (e morte) dos Irmãos Graco mostra que as coisas estavam mudando, em Roma. Havia aqueles que queriam mudanças e aqueles que se opunham a elas. Outro exemplo dessa disputa foi a de Caio Mário (157/86 a.C.) e Lúcio Cornélio Sula (138/78 a.C.), que dividiram os romanos durante muito tempo. Até mesmo depois da morte de Mário, Sula ainda perseguiu o sobrinho dele, Júlio César (100/44 a.C.).
Caio Mário foi general e cônsul (sete vezes, o que era muito raro acontecer). Sua fama começou quando ele permitiu que qualquer cidadão entrasse no exército romano, aumentando o número de soldados e melhorando a vida de muitos. Assim, uma classe militar foi surgindo, e Mário era bem visto por ela. Quem não estava gostando disso era o Senado, que perdia cada vez mais poder...
Júlio César, seu sobrinho, ficou afastado de Roma, até que Sula morresse. Então voltou, e teve que começar de baixo, pois Sula havia confiscado seus bens. Trabalhou como advogado, questor (representante do Governo, administrador), edil (inspetor de bens e serviços públicos), pontífice máximo (religioso mais importante), pretor (espécie de juiz) e general, destacando-se nessa última.
Ele ficou conhecido por ter conquistado a Gália (atual França) e derrotado os gauleses. Na imagem abaixo, vemos o líder gaulês Vercingentórix jogando sua espada no chão, diante de César, como símbolo de sua rendição (quadro de Lionel Royer, 1852/1926):
Finalmente, em 60 a.C., César aliou-se a Cneu Pompeu Magno (106/48 a.C.) e Marco Licínio Crasso (114/53 a.C.), no Primeiro Triunvirato, que durou sete anos. Mas isso, veremos na próxima atividade.
Mas, os senadores eram todos patrícios, no início. Somente em 494 a.C. é que foi criado o cargo de Tribuno da Plebe, que seria a pessoa que representaria os plebeus. Dois desses tribunos da plebe: Tibério Graco (169 ou 164 a.C./133 a.C.) e seu irmão, Caio Graco (154 a.C./121 a.C.), tentaram fazer uma reforma agrária, mas fracassaram: Tibério e Caio foram assassinados.
Dicionário: reforma agrária é a reorganização da estrutura fundiária com o objetivo de promover e proporcionar a redistribuição das propriedades rurais, ou seja, efetuar a distribuição da terra para realização de sua função social. É dividir as terras para que todos possam ter uma parte.
E, no caso de Roma, quanto mais haviam conquistas, mais haviam terras. Os patrícios estavam enriquecendo cada vez mais, e o número de escravos (das terras conquistadas) também aumentava. Os escravos romanos faziam diversas atividades: trabalhavam nas terras dos romanos (escravos rurais), nas minas (os mais maltratados), nas casas (faziam a limpeza, cozinhavam, administravam, ensinavam grego para as crianças ricas, animavam as festas, dançando ou tocando algum instrumento musical, etc.) e até no serviço público (pertenciam ao Estado e faziam a limpeza, por exemplo). Os escravos podiam ser de qualquer lugar (os gregos eram valorizados, para ensinar a língua) , homens, mulheres ou crianças, como no quadro abaixo (1882), de Gustave Boulanger (1824/1888), que retrata um mercado de escravos:
Como vemos, o aumento das terras romanas não significou melhorias para todos, e a luta (e morte) dos Irmãos Graco mostra que as coisas estavam mudando, em Roma. Havia aqueles que queriam mudanças e aqueles que se opunham a elas. Outro exemplo dessa disputa foi a de Caio Mário (157/86 a.C.) e Lúcio Cornélio Sula (138/78 a.C.), que dividiram os romanos durante muito tempo. Até mesmo depois da morte de Mário, Sula ainda perseguiu o sobrinho dele, Júlio César (100/44 a.C.).
Caio Mário foi general e cônsul (sete vezes, o que era muito raro acontecer). Sua fama começou quando ele permitiu que qualquer cidadão entrasse no exército romano, aumentando o número de soldados e melhorando a vida de muitos. Assim, uma classe militar foi surgindo, e Mário era bem visto por ela. Quem não estava gostando disso era o Senado, que perdia cada vez mais poder...
Júlio César, seu sobrinho, ficou afastado de Roma, até que Sula morresse. Então voltou, e teve que começar de baixo, pois Sula havia confiscado seus bens. Trabalhou como advogado, questor (representante do Governo, administrador), edil (inspetor de bens e serviços públicos), pontífice máximo (religioso mais importante), pretor (espécie de juiz) e general, destacando-se nessa última.
Ele ficou conhecido por ter conquistado a Gália (atual França) e derrotado os gauleses. Na imagem abaixo, vemos o líder gaulês Vercingentórix jogando sua espada no chão, diante de César, como símbolo de sua rendição (quadro de Lionel Royer, 1852/1926):
Finalmente, em 60 a.C., César aliou-se a Cneu Pompeu Magno (106/48 a.C.) e Marco Licínio Crasso (114/53 a.C.), no Primeiro Triunvirato, que durou sete anos. Mas isso, veremos na próxima atividade.
QUESTÕES
1) Você sabia que, ainda hoje, utilizamos palavras em latim (a língua dos romanos)? Nesta questão, você irá procurar o significado de dez dessas palavras (ou expressões), e anotar aqui:
a) Alter ego:
b) Bis:
c) Habeas corpus:
d) Et caetera ou etc.:
e) Incógnita:
f) In memorian:
g) Per capita:
h) Status quo:
i) Sui generis:
j) Veto:
a) Alter ego:
b) Bis:
c) Habeas corpus:
d) Et caetera ou etc.:
e) Incógnita:
f) In memorian:
g) Per capita:
h) Status quo:
i) Sui generis:
j) Veto:
2) Outra "invenção" dos romanos foi o plebiscito ("decreto da plebe", em latim). Pesquise como era o plebiscito romano, e qual o significado que ele tem hoje, no Brasil:
3) Nessa questão, você irá ler o texto Vida de Escravo (página 89 do livro didático) e responder as questões 1 e 2. Caso você não tenha o livro, aqui está a página:
4) Em 24 de Março de 2020, morreu de ataque cardíaco o desenhista francês Albert Uderzo, aos 93 anos. Junto com René Goscinny (1926/1977), Uderzo criou o personagem Asterix, em 1959. Esse personagem era um gaulês que, junto com seu amigo Obelix, sempre derrotava os romanos (na vida real foi o contrário), quando bebia uma poção do druida Panoramix. Nesta questão, procure saber mais sobre os gauleses, como viviam, qual era sua religião (seus sacerdotes eram chamados de druidas), e como foram derrotados pelos romanos. Abaixo: um dos quadrinhos de Asterix e Obelix:
DICA: se você gosta de desenhos e tem acesso ao Youtube, sugerimos A Surpresa de César, onde pode ver Asterix e Obelix em ação, contra Júlio César (lembre-se: na vida real, quem venceu os gauleses foi Júlio César, e os personagens são apenas inspirados nos gauleses e romanos): https://www.youtube.com/watch?v=R0hfkxeBu_E
DICA: se você gosta de desenhos e tem acesso ao Youtube, sugerimos A Surpresa de César, onde pode ver Asterix e Obelix em ação, contra Júlio César (lembre-se: na vida real, quem venceu os gauleses foi Júlio César, e os personagens são apenas inspirados nos gauleses e romanos): https://www.youtube.com/watch?v=R0hfkxeBu_E
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