A Revolução Francesa (1789 a 1799)

Para começarmos esse texto, vejamos dois vídeos:

1) o primeiro vídeo, intitulado Como Era a Vida no Palácio de Versalhes, faz um panorama geral sobre a construção desse Palácio, que serviu de residência aos reis franceses nos séculos XVII e XVIII, e cujos gastos podem ter sido um dos motivos da Revolução Francesa (16 minutos):

Vídeo 1: https://www.youtube.com/watch?v=vLlrDHygDjU

2) o segundo vídeo é um trecho do filme Maria Antonieta (2007). Nele, a Rainha Maria Antonieta (Kirsten Dunst), recém chegada a Versalhes, precisa aprender a etiqueta da realeza, mesmo que isso lhe faça sofrer...

Vídeo 2: https://www.youtube.com/watch?v=Cam-DMFkyWU

Agora que você está mais familiarizado com o cenário da Revolução Francesa, vamos à Cronologia:

1756 a 1763: Guerra dos Sete Anos (França e Inglaterra);

1762 – Jean-Jacques Rousseau publicou Do Contrato Social;

1770 – casamento de Luís XVI com Maria Antonieta, da Áustria;

1787 – o Rei Luís XVI da França convocou o Clero e a Nobreza para a Assembleia dos Notáveis (Assemblée dez Notables), a fim de que pagassem impostos, mas eles se recusaram a perder privilégios;

1789 – o Rei Luís XVI convocou a Assembleia dos Estados Gerais, que não se reunia desde 1614;

Ainda em 1789:

5/5 – a Assembleia dos Estados Gerais reuniu-se; 

Quadro de Auguste Couder (1789/1873)

9/7 – os burgueses fizeram o Juramento da Sala de Pela;

Quadro de Jacques-Louis David (1748/1825)

14/7 – populares de Paris invadiram a Bastilha, dando início à Revolução Francesa;

Quadro de Jean-Pierre Houël (1735/1813)

4/8 – a Assembleia Nacional Constituinte aboliu a servidão, os dízimos e os privilégios do clero e da nobreza, pondo fim ao que restava do Feudalismo na França;

26/8 – foi aprovada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão;

1790 - em 14 de Julho, comemorou-se a Festa da Federação (Fête de la Fédération), pelo primeiro ano da Revolução:

1791 – Luís XVI, Maria Antonieta e seus dois filhos, além de empregados, foram pegos tentando fugir para a Áustria; neste mesmo ano, foi feita a primeira Constituição Francesa;

1792 – Primeira Coligação (Sacro Império, Reino Unido, Espanha, Portugal e outros), contra a França; início do uso da guilhotina (inventada por Joseph-Ignace Guillotin, 1738/1814); Claude Joseph Rouget de Lisle (1760/1836) compôs A Marselhesa (La Marseillaise); Primeira República Francesa (1792 a 1804); criação do Calendário Republicano, na França;

1793 – entre 5 de Setembro de 1793 e 27 de Julho de 1794, a França viveu o período chamado Terror ou dos Jacobinos, quando morreram mais de 16 mil pessoas; morte de Luís XVI, Jean-Paul Marat, Charlotte Corday, Maria Antonieta, Olympe de Gouges, Madame du Barry e muitos outros, na guilhotina (menos Marat, que foi assassinado por Charlotte Corday);

                                 Quadro de Jacques-Louis David (1748/1825)

1794 – morte de Georges Jacques Danton, Camille Desmoulins, Antoine Lavoisier, Isabel de França, Maximilien Robespierre e seu irmão Augustin Robespierre, todos executados na Revolução Francesa;

1795 - Início do Diretório (Reação Termidoriana), presidido por Paul Barras (1755/1829);

1798 – início da Segunda Coligação, contra a França;

1799 – Napoleão Bonaparte derrotou o Diretório e tornou-se Cônsul da República (fim da Revolução Francesa, com o 18 Brumário);

                                      Quadro de François Bouchot (1800/1842)

 

Fatos:

1) O Rei Luis XVI não tinha a mesma força política que seus antecessores, Luís XIV ou Luís XV;

2) Quando cobrou maior apoio dos nobres e da Igreja, e estes se recusaram, fez o pior: convocou o Terceiro Estado, para ajudá-lo; assim, na Assembléia dos Estados Gerais, podemos perceber que haviam interesses divergentes, reunindo-se;

3) Dois meses depois, a burguesia, que representava o Terceiro Estado, reuniu-se a fim de fazer uma Constituição para a França, e esta ficou pronta em 1791;

4) O que nem a burguesia imaginava, é que o povo também tinha suas necessidades, e uma delas seria pegar em armas, invadindo a Bastilha. A partir desse ponto, a Revolução foi além do que se imaginava, a princípio;

5) Mesmo assim, a burguesia ainda conseguiu manter tudo sob certo controle, aprovando a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) e a Constituição (1791);

Link para a Declaração: https://pt.wikipedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_dos_Direitos_do_Homem_e_do_Cidad%C3%A3o

Você sabia que também existe uma Declaração da Mulher Cidadã?

Link: https://pt.wikipedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_dos_Direitos_da_Mulher_e_da_Cidad%C3%A3

                                                               
                                                                 Olympe De Gouges

6) Em 1791, a tentativa de fuga do Rei e sua Família, parece ter sido o pretexto para uma "revolução dentro da revolução":

7) A morte de Luís XVI, na guilhotina, foi o estopim para o Terror (1793 a 1794): os Jacobinos, grupo mais radical, executou os líderes Girondinos (menos radicais) e não parou mais: em um ano, acredita-se que 16 mil pessoas foram executadas, sob as ordens de Robespierre. E esse período só terminou quando o próprio Robespierre foi executado;

8) Após a morte de Robespierre, a violência diminuiu, e a França passou a ser administrada pelo Diretório, que representava a burguesia;

9) A Revolução Francesa terminou em 1799, quando Napoleão Bonaparte deu o golpe chamado 18 Brumário;

10) vários conceitos tiveram início na Revolução Francesa, entre eles Direita e Esquerda, e Nacionalismo. E há também, uma enorme quantidade de símbolos revolucionários, que foram utilizados por outras nações, além da França, como o barrete frígio, o hino, a bandeira tricolor, a mulher simbolizando a república, etc.

E, para terminar essa aula, ouça A Marselhesa, o Hino Revolucionário Francês, que é o atual Hino da França:

Link: https://www.youtube.com/watch?v=YLi5A7BiBVk&t=64s