Diferente do Brasil, a colonização dos Estados Unidos só começou no Século XVII: em 1606, o Rei Jaime I (1566/1625) permitiu que as empresas Plymouth Company e London Company organizassem essa colonização.
Vídeo: em 1999, dois adolescentes fizeram um assassinato em massa, na Columbine High School (EUA). Depois disso, o documentarista Michael Moore realizou um documentário, intitulado Tiros em Columbine (2002). Nesse documentário, há uma história em quadrinhos, que procura explicar o medo, na cultura americana, desde o início da História daquele país. A ideia é entender um pouco mais do conteúdo, relacionando-o com o vídeo em questão, que tem apenas 3:18 minutos: https://www.youtube.com/watch?v=jjGHspbfhzk
Com
relação às chamadas “colônias do sul” é correto afirmar:
b) Baseava-se numa forma de servidão temporária que submetia os colonos pobres a um conjunto de obrigações em relação aos grandes proprietários de terras.
c) Baseava-se numa economia escravista voltada principalmente para o mercado externo de produtos, como o tabaco e o algodão.
d) Consolidou-se como o primeiro grande polo industrial da América com a transferência de diversos produtores de tecidos vindos da região de Manchester.
e) Caracterizou-se pelo emprego de mão de obra assalariada e pela presença da grande propriedade agrícola monocultora.
A
colonização em terras americanas foi deixada a cargo de duas
empresas: as companhias de Londres e de Plymouth. É por isso que é
comum dizer que a colonização dos Estados Unidos foi feita pela
iniciativa privada, fato que se tornou um dos pilares da civilização
norte-americana, do qual eles se orgulham tanto. (Igor Fuser, "Os Donos do Mundo", revista Aventuras na História 35, de Julho de 2006).
A primeira colônia a ser fundada foi a Virgínia, em 1607, e o primeiro povoado foi Jamestown (1608). Logo, foram sendo fundadas as outras doze, conforme a sequência abaixo:
1607 - Virgínia;
1626 - New York;
1630 - Massachussets;
1633 - Maryland;
1636 - Rhode Island e Connecticut;
1638 - New Hampshire e Delaware;
1653 - Carolina do Norte;
1663 - Carolina do Sul;
1664 - New Jersey;
1682 - Pensilvânia;
1732 - Geórgia.
É importante que diferenciemos as 13 colônias: aquelas em AZUL, faziam parte da Nova Inglaterra: eram COLÔNIAS DE POVOAMENTO, criadas pelos peregrinos, que desenvolveram uma economia diversificada, com mão-de-obra familiar; as quatro em LARANJA, compunham a Nova Holanda e pertenciam à Companhia Holandesa das Índias Orientais, mas foram "tiradas" dos holandeses em 1664, e mudaram o nome para New York. Tinham uma economia mista; as colônias em VERMELHO eram COLÔNIAS DE EXPLORAÇÃO, e desenvolveram uma economia de exportação, com produtos como tabaco, índigo (matéria-prima do anil) e arroz, sendo cultivados por mão-de-obra escrava.
* No Mapa abaixo, as Colônias do Norte (Nova Inglaterra, Povoamento) estão em Verde, as Colônias Centrais (Nova Holanda e, depois, Nova York) estão em Amarelo e as Colônias do Sul estão em Laranja.
É importante percebermos essas diferenças, para entendermos que as colônias não foram povoadas da mesma forma, não seguiam as mesmas regras, não tinham a mesma religião e nem a mesma forma de "obediência" à Inglaterra. Observe esse trecho:
Para
os americanos, o evento fundador de sua nacionalidade foi a chegada
do advogado britânico e
puritano John
Winthrop (1588/1649) a Massachusetts, em 1630.
Winthrop
e as cerca de 700 pessoas que o acompanharam deixaram a Inglaterra
para criar sua própria
sociedade,
num lugar ainda intocado pelos vícios:
a América. Eles
adoravam
a ideia
de estarem chegando a uma espécie
de Terra Prometida, a ser regida
pelas leis divinas e, portanto, predestinada a dar certo e a se tomar
um exemplo de virtude para o resto do mundo; (Igor Fuser, "Os Donos do Mundo", revista Aventuras na História 35, de Julho de 2006).
De certa forma, tudo foi evoluindo naturalmente, até a Guerra dos Sete Anos (1756 a 1763), entre a Inglaterra e a França. Após essa Guerra, a Inglaterra decidiu cobrar impostos das colônias, com o objetivo de recuperar os gastos com a Guerra. Veja as datas abaixo:
1764
– Sugar Act (Lei do Açúcar): todo açúcar que não fosse
comprado nas Antilhas Inglesas seria taxado;
1765
– Stamp Act (Lei do Selo): determinava que jornais,
livros e documentos publicados nas colônias deveriam pagar uma taxa
(o
“selo”); foi revogada em 1766;
1767
a 1768 – Atos Towshend: uma série de atos, criados por Charles Towshend (1725/1767), que taxavam artigos de consumo, como chá, vidro, papel e outros. Esses Atos provocaram os primeiros confrontos, entre os colonos e a Inglaterra;
1773
– Tea Act (Lei do Chá): obrigava os colonos a consumir o chá da
Companhia das Índias Orientais Britânicas;
1773
– Festa do Chá de Boston (Boston Tea Party): colonos, disfarçados de índios, invadiram navios que traziam chá, e jogaram a carga no mar. Esse ato provocou novas medidas, por parte da Inglaterra:
1774
– A Boston Tea Party provocou as chamadas Leis Intoleráveis (Intolerable Acts ou Coercive Acts):
1) fechamento do Porto de Boston, até que a Companhia Britânica das Índias Orientais fosse indenizada pelos prejuízos;
2) suspensão de reuniões, na Colônia de Massachussets;
3) proibição de manifestações contra a Inglaterra;
4) todos os julgamentos feitos nas colônias deveriam ser feitos por autoridades inglesas;
5) obrigatoriedade dos colonos proporcionarem alojamento para soldados ingleses;
6) redução das colônias norte-americanas, para ampliar o território canadense;
7) ocupação da Colônia de Massachussets por soldados ingleses.
Obviamente, os colonos ingleses se revoltaram contra essas leis, e decidiram reunir-se na Filadélfia:
1774 - Primeiro Congresso da Filadélfia: 12 das 13 Colônias (exceto a Geórgia), reuniram-se no Carpenter's Hall, em Filadélfia, na Pensilvânia. Ali, decidiram escrever uma carta para o Rei George III (1738/1820), pedindo o fim das Leis Intoleráveis e outras, que faziam entraves ao desenvolvimento colonial (Declaração e Resolução do Primeiro Congresso);
O Parlamento Inglês e o Rei George III não atenderam o pedido das Colônias. Assim, os colonos resolveram fazer outra reunião:
1775 a 1776 - em 1775, reuniram as 13 Colônias, na Filadélfia. Desta vez, os representantes decidiram redigir uma carta de independência, que foi redigida por Thomas Jefferson (1743/1826), com sugestões feitas por John Adams (1735/1826), Benjamin Franklin (1706/1790) e outros, os chamados Fouding Fathers ("Pais Fundadores", como os americanos chamam os assinantes dessa Carta).
Link para a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América (4 de Julho de 1776): http://www.arqnet.pt/portal/teoria/declaracao_vport.html
Trecho:
Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a procura da felicidade.
A Guerra de Independência dos Estados Unidos (chamado, por alguns, de Revolução Americana), durou de 1775 a 1783. Algumas considerações:
1) os Estados Unidos da América foi o primeiro país a ter um presidente eleito e Três Poderes, conforme a ideia de Montesquieu (Teoria dos Três Poderes). Sobre isso, vamos ler o que escreveu José Murilo de Carvalho, no livro A Formação das Almas:
Sem se discutir se era correta a visão da ausência de identidade coletiva entre os habitantes das Treze Colônias, a ênfase no indivíduo levou os fundadores a se preocupar particularmente com os aspectos organizativos da nova sociedade. Se não havia laços afetivos de solidariedade, tornava-se mais difícil, com base apenas no cálculo do interesse, fundar a nova sociedade política. Como observa Hannah Arendt em On revolution, no caso americano a verdadeira revolução já estava feita antes da independência. A revolução era a nova sociedade que se implantara na América. Coube aos fundadores promover a constitutio libertatis, a organização da liberdade, mais do que fazer a declaração da liberdade. Talvez por isso, ainda segundo Hannah Arendt, a Revolução Americana tenha sido a única que não devorou seus filhos, tenha sido a de maior êxito em se institucionalizar. O contraste com a Revolução Francesa é nítido. Nesta, predominou a declaração de liberdade em prejuízo de sua ordenação. Nos Estados Unidos, Montesquieu era o autor mais importante; ma França, era Rousseau (José Murilo de Carvalho, A Formação da s Almas, pág. 19).
Leitura Extra: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/civilizacoes/a-fundacao-dos-estados-unidos.phtml
Vídeo: em 1999, dois adolescentes fizeram um assassinato em massa, na Columbine High School (EUA). Depois disso, o documentarista Michael Moore realizou um documentário, intitulado Tiros em Columbine (2002). Nesse documentário, há uma história em quadrinhos, que procura explicar o medo, na cultura americana, desde o início da História daquele país. A ideia é entender um pouco mais do conteúdo, relacionando-o com o vídeo em questão, que tem apenas 3:18 minutos: https://www.youtube.com/watch?v=jjGHspbfhzk
ATIVIDADES
TERCEIROS
ANOS – ATIVIDADE 2 – INDEPENDÊNCIA DOS EUA
1)
(FGV)
A
conquista colonial inglesa resultou no estabelecimento de três áreas
com características diversas na América do Norte.
a)
Baseava-se, sobretudo, na economia familiar e desenvolveu uma ampla
rede de relações comerciais com as colônias do Norte e com o
Caribe.
b) Baseava-se numa forma de servidão temporária que submetia os colonos pobres a um conjunto de obrigações em relação aos grandes proprietários de terras.
c) Baseava-se numa economia escravista voltada principalmente para o mercado externo de produtos, como o tabaco e o algodão.
d) Consolidou-se como o primeiro grande polo industrial da América com a transferência de diversos produtores de tecidos vindos da região de Manchester.
e) Caracterizou-se pelo emprego de mão de obra assalariada e pela presença da grande propriedade agrícola monocultora.
2)
Qual a relação entre o trecho abaixo, e a independência dos EUA?
Winthrop
e as cerca de 700 pessoas que o acompanharam deixaram a Inglaterra
para criar sua própria sociedade, num lugar ainda intocado pelos
vícios: a América. Eles adoravam a ideia de estarem chegando a uma
espécie de Terra Prometida, a ser regida pelas leis divinas e,
portanto, predestinada a dar certo e a se tomar um exemplo de virtude
para o resto do mundo; (FUSER,
I. Os donos do mundo: o grande império americano. Aventuras na
História, São Paulo, p. 26
– 33,
01 jul. 2006.)
3)
Assista o vídeo, retirado do Documentário Tiros em Columbine
(2002), e faça uma relação entre ele e a Independência dos
EUA: essa relação existe ou não? Justifique a sua resposta;
4)
Essa frase, retirada da Declaração de Independência dos Estados
Unidos da América, tem relação com qual ideia?
Consideramos
estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são
criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis,
que entre estes estão a vida, a liberdade e a procura da felicidade.
a)
os colonos acreditavam que todos deveriam ser tratados de forma
idêntica, incluindo os escravos, das colônias sulistas;
b)
segundo eles, o Criador (Deus) é que deveria definir como as
colônias deveriam agira, independentemente do que a Inglaterra
ordenasse;
c)
Direitos inalienáveis são aqueles que nos permitem estar por dentro
de tudo, e não sermos alienados;
d)
segundo os colonos americanos, as pessoas têm direitos que são
naturais, isto é, ninguém deu, então, ninguém deve tirar;
e)
os colonos estavam infelizes e, por isso, queriam libertar-se da
Inglaterra;
4.1) Agora que você escolheu a opção, justifique a sua escolha:
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