Lembrando:
a História do Brasil pode ser dividida em três fases ou períodos:
1)
Brasil Colonial (1530 a 1816): apesar da chegada dos portugueses ser
em 1500, foi em 1530 que teve início a colonização. E, em 1816, D.
João VI elevou o Brasil à categoria de Reino Unido ao de Portugal e
Algarves, pondo fim ao período colonial; Para representar o Período Colonial, um quadro de Frans Post (1612/1680), mostrando um engenho:
2)
Brasil Império (1822 a 1889): quando D. Pedro I proclamou a
independência política do Brasil, em relação a Portugal, declarou
que aqui era um império. Assim, esse período ficou marcado pelo
domínio da Família Real de Bragança: D. Pedro I (1822 a 1831) e D.
Pedro II (1831 a 1889); para representar o Império, escolhi a bandeira daquela época (que já tinha o verde e o amarelo) e, logo abaixo, a explicação:
3)
Brasil República (1889 até a atualidade): finalmente, após quase
um século, os brasileiros decidiram pôr fim à monarquia, e foi
criada a República, em nosso país. Assim, deixamos de ser
governados por um imperador, e passamos a ser governados por
presidentes. Abaixo, a data da proclamação da República e o Marechal Deodoro da Fonseca, primeiro Presidente.
Então,
vamos ao período conhecido como Brasil Império, começando pela
forma como a situação mudou:
1)
Portugal e Inglaterra possuem tratados muito
antigos: o Tratado Anglo-Portugês (“tratado de perpétua
amizade, sindicato e aliança”), de 1373, renovado em
1386, 1643, 1654, 1660, 1661, 1703 (Tratado de Methuen
ou Tratado dos Panos e Vinhos) e 1815, onde a aliança entre
as duas nações sempre foi renovada;
2)
quando Napoleão Bonaparte exigiu que as nações
europeias fizessem o Bloqueio Continental (1806),
contra a Inglaterra, Portugal ficou com um problema
duplo, pois além dos tratados firmados, também precisava dos
produtos ingleses. Foi assim que D. João VI
decidiu fugir para o Brasil, em 1807, aqui chegando em 1808.
Era o início do Período Joanino
(1808 a 1821);
3)
estando no Brasil, D. João VI tomou medidas que
ajudaram a Inglaterra: Abertura dos Portos
Brasileiros às Nações Amigas, em 1808
(nesse momento, a única “nação amiga” era a Inglaterra),
Tratado de Comércio e Navegação,
de 1810 (estabelecia juros para os produtos vindos de fora: 15%
sobre os produtos ingleses, 16% sobre os produtos portugueses e
24% sobre os produtos vindos de outros países), Tratado de
Aliança e Amizade, de 1810 (os ingleses pagariam
taxas alfandegárias preferenciais, além do Brasil se
comprometer a extinguir a escravidão, fato que só ocorreu em
1888);
4)
apesar da “submissão” à Inglaterra, D. João VI
fez melhorias no Rio de Janeiro (capital, na
época), que repercutiram no desenvolvimento da colônia, o que nunca
houve, entre os séculos XVI e XIX: criação do Banco do
Brasil, da Imprensa Régia, do Museu
Real, do Jardim Botânico do Rio
de Janeiro, (1808), primeiro jornal, o Correio
Braziliense (1808), que era impresso na Inglaterra, e o
segundo, Gazeta do Rio de Janeiro,
impresso no Brasil, abertura de manufaturas, a partir de 1811, vinda
da Missão Artística Francesa (1816); abaixo, o Palácio de D. João VI, no Rio de Janeiro:
5)
A Missão Artística Francesa era composta por Joachim
Lebreton (1760/1819), professor e administrador, líder do
grupo, Jean-Baptiste Debret (1768/1848), pintor e desenhista,
Auguste-Marie Taunay (1768/1824), escultor, Félix Émile
Taunay (1795/1881), filho de Auguste Taunay, também
pintor, Sigismund von Neukomm (1778/1858),
músico, Marc Ferrez (1788/1850), escultor, e outros; abaixo, alguns quadros de Debret, que nos mostram como era a vida no Brasil do Século XIX:
De
certa forma, D. João VI “preparou” o Brasil para a
independência. Em 1821, quando retornou a Portugal, deixou
aqui seu filho, o futuro D. Pedro I (1798/1834),
dizendo:
“Pedro
se o Brasil se separar,antes seja para ti que deves me respeitar,do
que para algum desses aventureiros”
Dessa
forma, em 7
de setembro de 1822,
D.
Pedro I
“rompeu relações políticas” com Portugal,
auxiliado por sua esposa, Maria
Leopoldina de Áustria
(1797/1826) e de José
Bonifácio de Andrada e Silva
(1763/1838). Mas,
para que essa independência se concretizasse, D.
Pedro I
aceitou pagar uma indenização
de 2 milhões de libras esterlinas para Portugal (1825),
e ainda pagou
pela mediação inglesa,
nessa ocasião.
Primeiro
Reinado (1822 a 1831):
durante nove anos, D.
Pedro I
governou o Brasil
e merece destaque a primeira Constituição
Brasileira
(1824), que foi outorgada,
e tinha Quatro
Poderes:
Executivo,
Legislativo,
Judiciário
e Mediador.
Também merece destaque a criação da Guarda
Nacional
(1831), quando surgiu a figura dos “coronéis”. Em 1831,
inclusive,
D. Pedro I
renunciou ao trono,
indo lutar contra seu irmão, D.
Miguel
(1801/1866),
pelo trono
português.
Assim, o Brasil
passou a ser governado por seu filho, D.
Pedro II (1825/1891).
Segundo
Reinado (1831 a 1889):
D.
Pedro II
foi o monarca que mais tempo ficou no poder, no Brasil.
Começou aos 6 anos, quando seu pai abdicou e foi para Portugal,
deixando-o como Imperador. Mas, como o menino era muito novo, o
Brasil
foi governado por Regentes,
até 1840. No Período
Regencial
(1831 a 1840), houveram muitas revoltas (Balaiada,
Cabanagem,
Sabinada,
Revolta
dos
Malês
e Farroupilha),
o que apressou a “maioridade” do Imperador, colocado no poder aos
14 anos. Depois, ele governou até 1889, quando tinha 64 anos. Nesse
período, o café
tornou-se a maior riqueza agrícola brasileira, vieram os imigrantes
italianos, alemães e outros, para o Brasil, houve a Guerra
do
Paraguai
(1864
a 1870), a libertação
dos
escravos
(1888) e um início tímido de industrialização,
representado pelo Visconde
de
Mauá
(Irineu
Evangelista
de
Sousa,
1813/1889).
Assim,
resumimos o Brasil
Império.
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