segunda-feira, 13 de abril de 2020

Terceiros Anos - Aula 6 - O Brasil Império


Lembrando: a História do Brasil pode ser dividida em três fases ou períodos:

1) Brasil Colonial (1530 a 1816): apesar da chegada dos portugueses ser em 1500, foi em 1530 que teve início a colonização. E, em 1816, D. João VI elevou o Brasil à categoria de Reino Unido ao de Portugal e Algarves, pondo fim ao período colonial; Para representar o Período Colonial, um quadro de Frans Post (1612/1680), mostrando um engenho:



2) Brasil Império (1822 a 1889): quando D. Pedro I proclamou a independência política do Brasil, em relação a Portugal, declarou que aqui era um império. Assim, esse período ficou marcado pelo domínio da Família Real de Bragança: D. Pedro I (1822 a 1831) e D. Pedro II (1831 a 1889); para representar o Império, escolhi a bandeira daquela época (que já tinha o verde e o amarelo) e, logo abaixo, a explicação:



3) Brasil República (1889 até a atualidade): finalmente, após quase um século, os brasileiros decidiram pôr fim à monarquia, e foi criada a República, em nosso país. Assim, deixamos de ser governados por um imperador, e passamos a ser governados por presidentes. Abaixo, a data da proclamação da República e o Marechal Deodoro da Fonseca, primeiro Presidente.


Então, vamos ao período conhecido como Brasil Império, começando pela forma como a situação mudou:


1) Portugal e Inglaterra possuem tratados muito antigos: o Tratado Anglo-Portugês (“tratado de perpétua amizade, sindicato e aliança”), de 1373, renovado em 1386, 1643, 1654, 1660, 1661, 1703 (Tratado de Methuen ou Tratado dos Panos e Vinhos) e 1815, onde a aliança entre as duas nações sempre foi renovada;


2) quando Napoleão Bonaparte exigiu que as nações europeias fizessem o Bloqueio Continental (1806), contra a Inglaterra, Portugal ficou com um problema duplo, pois além dos tratados firmados, também precisava dos produtos ingleses. Foi assim que D. João VI decidiu fugir para o Brasil, em 1807, aqui chegando em 1808. Era o início do Período Joanino (1808 a 1821);


3) estando no Brasil, D. João VI tomou medidas que ajudaram a Inglaterra: Abertura dos Portos Brasileiros às Nações Amigas, em 1808 (nesse momento, a única “nação amiga” era a Inglaterra), Tratado de Comércio e Navegação, de 1810 (estabelecia juros para os produtos vindos de fora: 15% sobre os produtos ingleses, 16% sobre os produtos portugueses e 24% sobre os produtos vindos de outros países), Tratado de Aliança e Amizade, de 1810 (os ingleses pagariam taxas alfandegárias preferenciais, além do Brasil se comprometer a extinguir a escravidão, fato que só ocorreu em 1888);



4) apesar da “submissão” à Inglaterra, D. João VI fez melhorias no Rio de Janeiro (capital, na época), que repercutiram no desenvolvimento da colônia, o que nunca houve, entre os séculos XVI e XIX: criação do Banco do Brasil, da Imprensa Régia, do Museu Real, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, (1808), primeiro jornal, o Correio Braziliense (1808), que era impresso na Inglaterra, e o segundo, Gazeta do Rio de Janeiro, impresso no Brasil, abertura de manufaturas, a partir de 1811, vinda da Missão Artística Francesa (1816); abaixo, o Palácio de D. João VI, no Rio de Janeiro:


5) A Missão Artística Francesa era composta por Joachim Lebreton (1760/1819), professor e administrador, líder do grupo, Jean-Baptiste Debret (1768/1848), pintor e desenhista, Auguste-Marie Taunay (1768/1824), escultor, Félix Émile Taunay (1795/1881), filho de Auguste Taunay, também pintor, Sigismund von Neukomm (1778/1858), músico, Marc Ferrez (1788/1850), escultor, e outros; abaixo, alguns quadros de Debret, que nos mostram como era a vida no Brasil do Século XIX:







De certa forma, D. João VI “preparou” o Brasil para a independência. Em 1821, quando retornou a Portugal, deixou aqui seu filho, o futuro D. Pedro I (1798/1834), dizendo:

Pedro se o Brasil se separar,antes seja para ti que deves me respeitar,do que para algum desses aventureiros”

Dessa forma, em 7 de setembro de 1822, D. Pedro I “rompeu relações políticas” com Portugal, auxiliado por sua esposa, Maria Leopoldina de Áustria (1797/1826) e de José Bonifácio de Andrada e Silva (1763/1838). Mas, para que essa independência se concretizasse, D. Pedro I aceitou pagar uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas para Portugal (1825), e ainda pagou pela mediação inglesa, nessa ocasião.



Primeiro Reinado (1822 a 1831): durante nove anos, D. Pedro I governou o Brasil e merece destaque a primeira Constituição Brasileira (1824), que foi outorgada, e tinha Quatro Poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário e Mediador. Também merece destaque a criação da Guarda Nacional (1831), quando surgiu a figura dos “coronéis”. Em 1831, inclusive, D. Pedro I renunciou ao trono, indo lutar contra seu irmão, D. Miguel (1801/1866), pelo trono português. Assim, o Brasil passou a ser governado por seu filho, D. Pedro II (1825/1891).


Segundo Reinado (1831 a 1889): D. Pedro II foi o monarca que mais tempo ficou no poder, no Brasil. Começou aos 6 anos, quando seu pai abdicou e foi para Portugal, deixando-o como Imperador. Mas, como o menino era muito novo, o Brasil foi governado por Regentes, até 1840. No Período Regencial (1831 a 1840), houveram muitas revoltas (Balaiada, Cabanagem, Sabinada, Revolta dos Malês e Farroupilha), o que apressou a “maioridade” do Imperador, colocado no poder aos 14 anos. Depois, ele governou até 1889, quando tinha 64 anos. Nesse período, o café tornou-se a maior riqueza agrícola brasileira, vieram os imigrantes italianos, alemães e outros, para o Brasil, houve a Guerra do Paraguai (1864 a 1870), a libertação dos escravos (1888) e um início tímido de industrialização, representado pelo Visconde de Mauá (Irineu Evangelista de Sousa, 1813/1889).



Assim, resumimos o Brasil Império.






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