Os Reinos Africanos
1) A África: é o terceiro continente mais extenso (atrás da Ásia e da América) com cerca de 30 milhões de quilômetros quadrados, cobrindo 20,3 % da área total da terra firme do planeta. É o segundo continente mais populoso da Terra (atrás da Ásia) com cerca de mil milhões de pessoas (estimativa para 2005), representando cerca de um sétimo da população do mundo, e 54 países independentes. Inclui ainda territórios pertencentes a países de outros continentes, como as Ilhas Canárias e os enclaves de Ceuta e Melilla, que pertencem à Espanha, o território ultramarino das ilhas de Santa Helena, Ascensão e Tristão da Cunha, que pertence ao Reino Unido, e as ilhas de Reunião e Mayotte, que pertencem à França.
O continente africano divide-se, basicamente, em dois: a África Setentrional (norte - Deserto do Saara) e a África Meridional ou Subsaariana. Na primeira, desenvolveram-se as civilizações egípcia e cartaginesa (descendente dos fenícios). Na segunda, desenvolveram-se muitas outras civilizações, menos conhecidas. Abaixo, o Deserto do Saara:
2) Civilizações Subsaarianas: destacamos seis reinos que se desenvolveram na África Subsaariana: Gana, Mali, Axum, Kush, Manicongo e Zimbabue (mapa abaixo):
3) Reino de Gana: ficava onde hoje é a Mauritânia, e se destacava pelo comércio de ouro. Haviam duas capitais, distantes 10 Km uma da outra. Na primeira, Kumbi Saleh, ficavam os mercadores muçulmanos, e na outra, que ainda não foi encontrada, o rei e a nobreza. Esse Reino ficou poderoso a partir do Século IV d. C., mas no Século XVIII, com a descoberta de ouro no Brasil, perdeu importância. Lá, até os cães tinham coleiras de ouro...
4) Reino do Mali: no mesmo lugar onde estava o Reino de Gana, vivia o povo mandinga, que lhes pagava tributo. Mas, por volta de 1230 (século XIII), Sundiata Keita (1190/1255) dominou vários povos vizinhos e denominou-se soberano (mansa) do Mali. Os habitantes do Mali eram muçulmanos e, em 1324, o mansa Kankan Musa (1312/1337) fez uma peregrinação a Meca, tornando o Reino do Mali famoso. Sua procissão incluía 60.000 homens, 12.000 escravos, todos vestidos de seda que traziam vasos com ouro, cavalos e sacos. Musa forneceu todas as necessidades para a procissão, alimentando toda a companhia de homens e animais. Também haviam 80 camelos, que carregavam entre 50 e 300 quilos de pó de ouro cada. Musa não só deu ouro para as cidades que passava a caminho de Meca, incluindo o Cairo e Medina, mas também negociou ouro por lembranças. Além disso, foi registrado que ele construiu uma mesquita da sexta-feira todos os dias.
Na volta, Mansa Musa trouxe sábios e arquitetos consigo, e transformou a cidade de Tombuctu numa das mais importantes da África. Desde 1988, essa cidade é considerada Patrimônio Cultural da Humanidade, pela ONU. Abaixo, a Mesquita Sankore:
5) Reino de Axum: ficava onde hoje é a Etiópia, e foi uma das primeiras sociedades africanas a se converter ao Cristianismo (no reinado de Ezana). No Século VII a.C., o povo que vivia ali, os axumitas, já dominavam a agricultura e a criação de bois, ovelhas, cabras e cavalos. Mas sua capital, Axum, desenvolveu um intenso comércio de plumas, obsidiana, ouro e sal. No Século III d. C., os axumitas já cunhavam moedas de ouro, prata e cobre. Abaixo, o obelisco de Ezana, na Etiópia:
6) Reino de Kush: os kushitas viviam no atual Sudão, ao Sul do Egito. Essa região chamava-se Núbia e era rica em ouro. No Século VIII a.C., os kushitas chegaram a dominar o Sul do Egito por cinco séculos. A 25ª Dinastia Egípcia (entre 750 e 653 a.C.) foi de reis kushitas (negros). A capital de Kush era Napata. Abaixo, capa da revista National Geographic cujo tema são os faraós negros:
7) Reino do Manicongo: Manicongo ou Menekongo era o título dos governantes bakongos do Reino do Kongo, um reino que existiu na África, entre o Século XIV e o Século XIX. O termo "Manicongo" é uma corruptela da palavra em Kikongo, "Mwene Kongo" (literalmente "senhor do Kongo"). O termo "wene" refere-se tanto ao reino como um todo, quanto à cada uma das unidades territoriais que o integravam. Os senhores dessas wene eram chamados de "Mwene", sendo que o Manicongo era o Mwene mais poderoso do reino, reconhecido como rei ("ntinu") pelos portugueses, desde sua chegada, em 1483.
1) A África: é o terceiro continente mais extenso (atrás da Ásia e da América) com cerca de 30 milhões de quilômetros quadrados, cobrindo 20,3 % da área total da terra firme do planeta. É o segundo continente mais populoso da Terra (atrás da Ásia) com cerca de mil milhões de pessoas (estimativa para 2005), representando cerca de um sétimo da população do mundo, e 54 países independentes. Inclui ainda territórios pertencentes a países de outros continentes, como as Ilhas Canárias e os enclaves de Ceuta e Melilla, que pertencem à Espanha, o território ultramarino das ilhas de Santa Helena, Ascensão e Tristão da Cunha, que pertence ao Reino Unido, e as ilhas de Reunião e Mayotte, que pertencem à França.
O continente africano divide-se, basicamente, em dois: a África Setentrional (norte - Deserto do Saara) e a África Meridional ou Subsaariana. Na primeira, desenvolveram-se as civilizações egípcia e cartaginesa (descendente dos fenícios). Na segunda, desenvolveram-se muitas outras civilizações, menos conhecidas. Abaixo, o Deserto do Saara:
2) Civilizações Subsaarianas: destacamos seis reinos que se desenvolveram na África Subsaariana: Gana, Mali, Axum, Kush, Manicongo e Zimbabue (mapa abaixo):
3) Reino de Gana: ficava onde hoje é a Mauritânia, e se destacava pelo comércio de ouro. Haviam duas capitais, distantes 10 Km uma da outra. Na primeira, Kumbi Saleh, ficavam os mercadores muçulmanos, e na outra, que ainda não foi encontrada, o rei e a nobreza. Esse Reino ficou poderoso a partir do Século IV d. C., mas no Século XVIII, com a descoberta de ouro no Brasil, perdeu importância. Lá, até os cães tinham coleiras de ouro...
4) Reino do Mali: no mesmo lugar onde estava o Reino de Gana, vivia o povo mandinga, que lhes pagava tributo. Mas, por volta de 1230 (século XIII), Sundiata Keita (1190/1255) dominou vários povos vizinhos e denominou-se soberano (mansa) do Mali. Os habitantes do Mali eram muçulmanos e, em 1324, o mansa Kankan Musa (1312/1337) fez uma peregrinação a Meca, tornando o Reino do Mali famoso. Sua procissão incluía 60.000 homens, 12.000 escravos, todos vestidos de seda que traziam vasos com ouro, cavalos e sacos. Musa forneceu todas as necessidades para a procissão, alimentando toda a companhia de homens e animais. Também haviam 80 camelos, que carregavam entre 50 e 300 quilos de pó de ouro cada. Musa não só deu ouro para as cidades que passava a caminho de Meca, incluindo o Cairo e Medina, mas também negociou ouro por lembranças. Além disso, foi registrado que ele construiu uma mesquita da sexta-feira todos os dias.
Na volta, Mansa Musa trouxe sábios e arquitetos consigo, e transformou a cidade de Tombuctu numa das mais importantes da África. Desde 1988, essa cidade é considerada Patrimônio Cultural da Humanidade, pela ONU. Abaixo, a Mesquita Sankore:
5) Reino de Axum: ficava onde hoje é a Etiópia, e foi uma das primeiras sociedades africanas a se converter ao Cristianismo (no reinado de Ezana). No Século VII a.C., o povo que vivia ali, os axumitas, já dominavam a agricultura e a criação de bois, ovelhas, cabras e cavalos. Mas sua capital, Axum, desenvolveu um intenso comércio de plumas, obsidiana, ouro e sal. No Século III d. C., os axumitas já cunhavam moedas de ouro, prata e cobre. Abaixo, o obelisco de Ezana, na Etiópia:
6) Reino de Kush: os kushitas viviam no atual Sudão, ao Sul do Egito. Essa região chamava-se Núbia e era rica em ouro. No Século VIII a.C., os kushitas chegaram a dominar o Sul do Egito por cinco séculos. A 25ª Dinastia Egípcia (entre 750 e 653 a.C.) foi de reis kushitas (negros). A capital de Kush era Napata. Abaixo, capa da revista National Geographic cujo tema são os faraós negros:
7) Reino do Manicongo: Manicongo ou Menekongo era o título dos governantes bakongos do Reino do Kongo, um reino que existiu na África, entre o Século XIV e o Século XIX. O termo "Manicongo" é uma corruptela da palavra em Kikongo, "Mwene Kongo" (literalmente "senhor do Kongo"). O termo "wene" refere-se tanto ao reino como um todo, quanto à cada uma das unidades territoriais que o integravam. Os senhores dessas wene eram chamados de "Mwene", sendo que o Manicongo era o Mwene mais poderoso do reino, reconhecido como rei ("ntinu") pelos portugueses, desde sua chegada, em 1483.
O Manicongo residia na cidade-capital do reino, de onde nomeava os governadores das províncias e recolhia os impostos apropriados. Abaixo, o Rei João do Congo (Nzinga-a-Nkuwu - Século XVI):
8) Reino do Zimbabue: Os Khoisan foram os colonos originais e dominaram a região até a chegada dos bantus, no século IX, que ao longo dos séculos XIII e XIV, criaram o Império Monomotapa, cujo centro está situado nas ruínas de Grande Zimbábue. Quando em 1607 o monarca do Estado concede aos portugueses a exploração do subsolo da área, ela já se encontrava em declínio, que, em um outro tempo, graças às suas minas ouro e ao comércio de escravos chegou a manter um comércio constante com a costa do Oceano Índico.
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