A União Ibérica
Resumindo: no século XV, portugueses e espanhóis disputaram a hegemonia do comércio mundial, dominando a América e a África, bem como a Ásia. Nesse processo, dizimaram os indígenas, escravizaram os negros e fizeram inúmeras guerras. Além disso, havia espionagem, trapaças e segredos, em todo esse processo. E o Tratado de Tordesilhas (1494).
Mas, em 1578, a situação começou a mudar, com a morte do Rei D. Sebastião (1554/1578, abaixo). Jovem aventureiro, foi lutar na África, na Batalha de Alcácer-Quibir, e nunca mais foi visto.
Seu sucessor foi o seu tio de segundo grau, o Cardeal D. Henrique (1512/1580). Mas ele estava idoso (68 anos) e logo faleceu (1580). Assim, o trono português ficou novamente vago. Apareceram vários pretendentes, mas o mais poderoso era o rei da Espanha, Filipe I (II na Espanha).
Filipe nasceu em 1527 em Valladolid (Espanha) e era filho do Imperador Carlos V (1500/1558) e da Imperatriz Isabel de Portugal (1503/1539), filha de D. Manuel I (que também era bisavô de D. Sebastião). Ele herdou a Espanha e suas colônias, os Países Baixos, a Sardenha, a Córsega, a Sicília, Milão, Nápoles e outras terras. E, em 1580, "herdou" Portugal e suas colônias, incluindo o Brasil. Em 1543, Filipe se casou com Maria Manuela de Portugal (1527/1545), mas ela morreu dois anos depois, após lhe dar um filho (Carlos - 1545/1568). Em seguida (1554), se casou com Maria I da Inglaterra (1516/1558). Queria ser Rei da Inglaterra, mas Maria I morreu sem deixar herdeiros, e foi sucedida por sua meia-irmã, Elizabeth I (1533/1603). Sua terceira esposa foi Isabel de Valois (1545/1568), que lhe deu duas filhas, Isabel (1566/1633) e Catarina (1567/1597), e era filha do Rei da França, Henrique II (1519/1559). Em 1568, quando tinha 41 anos, Filipe perdeu o filho (Carlos) e a terceira esposa (Isabel). Assim, além de novamente viúvo, também estava sem sucessor, pois suas filhas tinham 2 e 1 ano, respectivamente. Dois anos depois, em 1570, Filipe se casou com Ana de Áustria (1549/1580), sua prima. Eles tiveram cinco filhos, mas apenas um chegou à idade adulta: Filipe (1578/1621)
Em 1579, Filipe II perdeu as Sete Provícias Unidas dos Países Baixos (Frísia, Groningen, Güeldres, Holanda, Overijssel, Utrecht e Zelândia). Esse fato interferiu na História do Brasil.
E em 1580, Filipe II passou a ser Rei de Portugal e do Brasil. Assim, o Tratado de Tordesilhas perdeu sua razão de ser, um outro fator que iria modificar a nossa História.
Em 1588, a Espanha perdeu sua Invencível Armada (130 navios, tripulados por 8 mil marinheiros e transportando 18 mil soldados) devido às fortes tempestades, em guerra contra a Inglaterra. Resultado: a Espanha nunca mais se recuperou dessa perda, e a Inglaterra passou a ser a Rainha dos Mares.
De positivo, Filipe II deixou o El Escorial, importante monumento espanhol (abaixo). Morreu em 1598 e foi sucedido por seu filho, Filipe III (II em Portugal).
Filipe III começou a governar com 20 anos. Em 1609, firmou uma paz de 12 anos com as Províncias Unidas, que acabariam por se libertar em 1621, ano de sua morte. Ele foi sucedido por seu filho, Filipe IV (1605/1665, abaixo).
Logo que ele começou a governar, as Províncias Unidas se separaram, e o Brasil se dividiu em dois: o Estado do Brasil, com as capitanias ao sul do Rio Grande do Norte atual, e o Estado do Maranhão, do Cabo São Roque à Amazônia.
Em 1624, os holandeses invadiram a Bahia, mas foram expulsos. Mas, em 1630, invadiram Pernambuco, e tiveram êxito. Para completar o ciclo de perdas, a Espanha perdeu Portugal, em 1640. Era o fim da União Ibérica, e uma guinada na História do Brasil.
Resumindo: no século XV, portugueses e espanhóis disputaram a hegemonia do comércio mundial, dominando a América e a África, bem como a Ásia. Nesse processo, dizimaram os indígenas, escravizaram os negros e fizeram inúmeras guerras. Além disso, havia espionagem, trapaças e segredos, em todo esse processo. E o Tratado de Tordesilhas (1494).
Mas, em 1578, a situação começou a mudar, com a morte do Rei D. Sebastião (1554/1578, abaixo). Jovem aventureiro, foi lutar na África, na Batalha de Alcácer-Quibir, e nunca mais foi visto.
Seu sucessor foi o seu tio de segundo grau, o Cardeal D. Henrique (1512/1580). Mas ele estava idoso (68 anos) e logo faleceu (1580). Assim, o trono português ficou novamente vago. Apareceram vários pretendentes, mas o mais poderoso era o rei da Espanha, Filipe I (II na Espanha).
Filipe nasceu em 1527 em Valladolid (Espanha) e era filho do Imperador Carlos V (1500/1558) e da Imperatriz Isabel de Portugal (1503/1539), filha de D. Manuel I (que também era bisavô de D. Sebastião). Ele herdou a Espanha e suas colônias, os Países Baixos, a Sardenha, a Córsega, a Sicília, Milão, Nápoles e outras terras. E, em 1580, "herdou" Portugal e suas colônias, incluindo o Brasil. Em 1543, Filipe se casou com Maria Manuela de Portugal (1527/1545), mas ela morreu dois anos depois, após lhe dar um filho (Carlos - 1545/1568). Em seguida (1554), se casou com Maria I da Inglaterra (1516/1558). Queria ser Rei da Inglaterra, mas Maria I morreu sem deixar herdeiros, e foi sucedida por sua meia-irmã, Elizabeth I (1533/1603). Sua terceira esposa foi Isabel de Valois (1545/1568), que lhe deu duas filhas, Isabel (1566/1633) e Catarina (1567/1597), e era filha do Rei da França, Henrique II (1519/1559). Em 1568, quando tinha 41 anos, Filipe perdeu o filho (Carlos) e a terceira esposa (Isabel). Assim, além de novamente viúvo, também estava sem sucessor, pois suas filhas tinham 2 e 1 ano, respectivamente. Dois anos depois, em 1570, Filipe se casou com Ana de Áustria (1549/1580), sua prima. Eles tiveram cinco filhos, mas apenas um chegou à idade adulta: Filipe (1578/1621)
Em 1579, Filipe II perdeu as Sete Provícias Unidas dos Países Baixos (Frísia, Groningen, Güeldres, Holanda, Overijssel, Utrecht e Zelândia). Esse fato interferiu na História do Brasil.
E em 1580, Filipe II passou a ser Rei de Portugal e do Brasil. Assim, o Tratado de Tordesilhas perdeu sua razão de ser, um outro fator que iria modificar a nossa História.
Em 1588, a Espanha perdeu sua Invencível Armada (130 navios, tripulados por 8 mil marinheiros e transportando 18 mil soldados) devido às fortes tempestades, em guerra contra a Inglaterra. Resultado: a Espanha nunca mais se recuperou dessa perda, e a Inglaterra passou a ser a Rainha dos Mares.
De positivo, Filipe II deixou o El Escorial, importante monumento espanhol (abaixo). Morreu em 1598 e foi sucedido por seu filho, Filipe III (II em Portugal).
Filipe III começou a governar com 20 anos. Em 1609, firmou uma paz de 12 anos com as Províncias Unidas, que acabariam por se libertar em 1621, ano de sua morte. Ele foi sucedido por seu filho, Filipe IV (1605/1665, abaixo).
Logo que ele começou a governar, as Províncias Unidas se separaram, e o Brasil se dividiu em dois: o Estado do Brasil, com as capitanias ao sul do Rio Grande do Norte atual, e o Estado do Maranhão, do Cabo São Roque à Amazônia.
Em 1624, os holandeses invadiram a Bahia, mas foram expulsos. Mas, em 1630, invadiram Pernambuco, e tiveram êxito. Para completar o ciclo de perdas, a Espanha perdeu Portugal, em 1640. Era o fim da União Ibérica, e uma guinada na História do Brasil.
Como ja disse em meu primeiro comentario Professor, suas aulas são bem mais resumidas e exatas . Maas é sempre bom procurar saber mais, como o Sr mesmo diz =]
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