O Brasil Holandês
Como vimos anteriormente, os holandeses atacaram o Brasil duas vezes: a primeira na Bahia, em 1624, e a segunda em Pernambuco, em 1630. A primeira fracassou, mas a segunda foi um sucesso. A região invadida foi chamada de Brasil Holandês, e os holandeses ali permaneceram durante 24 anos, de 1630 até 1654.
Os holandeses dominaram a região açucareira, que compreendia Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Maranhão (observe o mapa acima). Para conquistar apoio da população, permitiram que cada pessoa seguisse sua religião (tolerância religiosa) e ofereceram empréstimos aos fazendeiros, para que pudessem melhorar a produção de açúcar.
Em 1637, chegou à região o conde João Mauricio de Nassau-Siegen (1604/1679, acima). Sendo um nobre, Nassau se interessava por arte, e em 1632 ele havia começado a construção de uma mansão, chamada Mauritshuis (abaixo). A obra ficou tão cara, que acabou com as finanças do conde. Por isso, ele aceitou a oferta da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais (WIC), para administrar o Brasil Holandês, também chamado de Nova Holanda. Ele receberia 7.500 florins por mês, 2% dos lucros obtidos e despesas particulares e da criadagem (18 criados, mais médico e secretário) pagas pela empresa.
Assim que chegou, mandou construir a cidade de Maurícia, com um palácio e um jardim botânico. Também incentivou a vinda de artistas e cientistas holandeses: Willem Piso (1611/1678), médico holandês, veio estudar as doenças tropicais; os pintores Frans Post (1612/1680) e Albert Eckhout (1610/1666) retrataram o Brasil daqueles tempos; o cartógrafo Cornelis Golijath (?), o astrônomo George Marcgraf (1610/1644) também vieram para cá. Abaixo, quadro de Frans Post:
Todas essas medidas fizeram com que Nassau ficasse popular entre os luso-brasileiros, e impopular na WIC. Enquanto isso, o Duque de Bragança subiu ao trono português, em 1640, com o título de Dom João IV (1604/1656, abaixo).
Em 1644, Mauricio de Nassau foi chamado de volta a Amsterdã. A WIC começou, então, a explorar os colonos sem piedade, o que acabou provocando o início da Insurreição Pernambucana ou Guerra da Luz Divina. Nessa guerra, uniram-se brancos, negros e índios, para expulsar o invasor holandês. Mereceram destaque o mulato João Fernandes Vieira (1613/1681), o português André Vidal de Negreiros (1606/1680), o indígena Felipe Camarão, o negro Henrique Dias e o português Antônio Dias Cardoso. O destaque foram as duas batalhas dos Guararapes, uma em 1648 e outra em 1649. Abaixo, a Batalha dos Guararapes, em obra de Vitor Meirelles:
Em 1661, Portugal assinou um tratado de paz com os holandeses, no qual se comprometeu a pagar uma indenização de quatro milhões de cruzados em dinheiro, açúcar, tabaco ou sal. Os holandeses aprenderam a preparar o açúcar de forma melhor que os brasileiros, e foram produzir nas Antilhas, sendo que a concorrência começou a declinar o preço do açúcar brasileiro. E os judeus que vieram para Nova Holanda foram embora, em direção à América do Norte, onde fundaram Nova Amsterdã, atual New York. Abaixo, a sinagoga judaica em Recife, a mais antiga das Américas:
Como vimos anteriormente, os holandeses atacaram o Brasil duas vezes: a primeira na Bahia, em 1624, e a segunda em Pernambuco, em 1630. A primeira fracassou, mas a segunda foi um sucesso. A região invadida foi chamada de Brasil Holandês, e os holandeses ali permaneceram durante 24 anos, de 1630 até 1654.
Os holandeses dominaram a região açucareira, que compreendia Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Maranhão (observe o mapa acima). Para conquistar apoio da população, permitiram que cada pessoa seguisse sua religião (tolerância religiosa) e ofereceram empréstimos aos fazendeiros, para que pudessem melhorar a produção de açúcar.
Em 1637, chegou à região o conde João Mauricio de Nassau-Siegen (1604/1679, acima). Sendo um nobre, Nassau se interessava por arte, e em 1632 ele havia começado a construção de uma mansão, chamada Mauritshuis (abaixo). A obra ficou tão cara, que acabou com as finanças do conde. Por isso, ele aceitou a oferta da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais (WIC), para administrar o Brasil Holandês, também chamado de Nova Holanda. Ele receberia 7.500 florins por mês, 2% dos lucros obtidos e despesas particulares e da criadagem (18 criados, mais médico e secretário) pagas pela empresa.
Assim que chegou, mandou construir a cidade de Maurícia, com um palácio e um jardim botânico. Também incentivou a vinda de artistas e cientistas holandeses: Willem Piso (1611/1678), médico holandês, veio estudar as doenças tropicais; os pintores Frans Post (1612/1680) e Albert Eckhout (1610/1666) retrataram o Brasil daqueles tempos; o cartógrafo Cornelis Golijath (?), o astrônomo George Marcgraf (1610/1644) também vieram para cá. Abaixo, quadro de Frans Post:
Todas essas medidas fizeram com que Nassau ficasse popular entre os luso-brasileiros, e impopular na WIC. Enquanto isso, o Duque de Bragança subiu ao trono português, em 1640, com o título de Dom João IV (1604/1656, abaixo).
Em 1644, Mauricio de Nassau foi chamado de volta a Amsterdã. A WIC começou, então, a explorar os colonos sem piedade, o que acabou provocando o início da Insurreição Pernambucana ou Guerra da Luz Divina. Nessa guerra, uniram-se brancos, negros e índios, para expulsar o invasor holandês. Mereceram destaque o mulato João Fernandes Vieira (1613/1681), o português André Vidal de Negreiros (1606/1680), o indígena Felipe Camarão, o negro Henrique Dias e o português Antônio Dias Cardoso. O destaque foram as duas batalhas dos Guararapes, uma em 1648 e outra em 1649. Abaixo, a Batalha dos Guararapes, em obra de Vitor Meirelles:
Em 1661, Portugal assinou um tratado de paz com os holandeses, no qual se comprometeu a pagar uma indenização de quatro milhões de cruzados em dinheiro, açúcar, tabaco ou sal. Os holandeses aprenderam a preparar o açúcar de forma melhor que os brasileiros, e foram produzir nas Antilhas, sendo que a concorrência começou a declinar o preço do açúcar brasileiro. E os judeus que vieram para Nova Holanda foram embora, em direção à América do Norte, onde fundaram Nova Amsterdã, atual New York. Abaixo, a sinagoga judaica em Recife, a mais antiga das Américas:
Muito bom esse post!
ResponderExcluirParabéns!!!
Obrigado!
ResponderExcluirAdorei esse texto, esclareceu mta coisa =].Só para esxlarecer melhor então , se os Judeus tivessem continuado aqui , O Brasil estaria bem mais desenvolvido né?
ResponderExcluirEssa é uma teoria! Mas, em História, trabalhamos com fatos...
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