Primeira Guerra Mundial (1914/1918)
Para sabermos as causas da Primeira Guerra Mundial, vamos fazer a Atividade 1 (Capitalismo X Socialismo)
Entre o fim do Século XIX e início do Século XX, muitas cabeças coroadas foram assassinadas:
Imperatriz Isabel da Áustria ou Sissi (1837/1898), assassinada pelo anarquista italiano Luigi Luceni (1873/1910);
Rei Carlos I (1863/1908) de Portugal, foi assassinado por Alfredo Luís da Costa (1883/1908) e Manuel Buiça (1876/1908);
Dom Luís Filipe (1887/1908), filho do Rei Carlos I de Portugal, foi assassinado por Alfredo Luís da Costa (1883/1908) e Manuel Buiça (1876/1908);
O Arquiduque Francisco Ferdinando (1863/1914), da Áustria, e sua esposa, a Arquiduquesa Sofia Maria (1868/1914), assassinados por Gavrilo Princip (1894/1918), terrorista do grupo Mão Negra.
Esse último e duplo assassinato é apontado como um dos motivos do início da Primeira Guerra Mundial. Mas, se ele não foi o único e nem o primeiro assassinato, por que motivou uma guerra em proporções mundiais? Vamos analisar:
A Revolução Industrial provocou um fenômeno de colonização, que ficou conhecido como Neocolonialismo. Apesar de várias nações praticarem essa "nova colonização", algumas se destacaram. Observe o mapa abaixo:
Na Ásia e na Oceania, a Inglaterra também estava em vantagem, dominando a Índia, a Austrália e a Nova Zelândia.
Essa busca por matérias-primas para as indústrias, bem como mercados consumidores, fez com que as nações se preparassem para uma eventual guerra. Assim, o período ficou marcado pela Paz Armada, que coincidiu com a Belle Époque. Dessa forma, vemos que a Europa vivia um clima tenso, nessa virada de século. Abaixo, o mapa da Europa em 1914:
Devido aos interesses na Europa, e em outros continentes, a França e a Rússia tinham feito um acordo de ajuda mútua (militar), em 1871. Em 1903, foi a vez da França fazer um acordo com a Inglaterra, e em 1907, foi a Inglaterra e a Rússia. Assim, criou-se a Tríplice Entente. Por outro lado, a Alemanha, o Império Austro-Húngaro e a Itália firmaram a Tríplice Aliança, em 1882. Essas alianças, e mais o Nacionalismo exacerbado, foram estopins da Guerra.
Entre 1870 e 1871, a França e a Prússia estiveram em guerra (Guerra Franco-Prussiana), porque o Imperador francês Napoleão III (1808/1873) não queria que a Família Real da Prússia assumisse o trono espanhol. Mas a França perdeu essa guerra, e teve que assinar o Tratado de Frankfurt (1871), onde cedeu as regiões da Alsácia e da Lorena à Prússia, bem como teve que pagar uma indenização de 5 bilhões de francos em ouro. Além disso, a Prússia conseguiu unir outras regiões germânicas e, em 1871, foi criado o Império Alemão. Por isso, a França e a Alemanha não se toleravam, fato que fez com que os franceses se unissem aos russos, ainda em 1871.
Enquanto a Alemanha promovia o Pan-Germanismo (Nacionalismo alemão), a Rússia promovia o Pan-Eslavismo (Nacionalismo russo). A ideia era conquistar terras na própria Europa, aumentando a "zona de poder" de cada nação. Isso levou a Rússia a fazer uma guerra contra o Império Turco-Otomano, pela posse dos Balcãs (mapa acima). A Rússia chegou a combinar com a Áustria-Hungria, que iriam "dividir" a região, caso ganhassem a guerra. Assim, entre 1877 e 1878, houve a Guerra Russo-Turca, que culminou com a independência da Romênia, da Sérvia, de Montenegro e da Bulgária (Tratado de Santo Estevão).
O Império Austro-Hungaro, percebendo que a Rússia não lhe daria direito a nada, exigiu a região da Bósnia-Herzegóvina (mapa abaixo), anexando-a a seu território, em 1908:
Mas a Sérvia, apoiada pela Rússia, também queria essa região. Assim, o estudante Gavrilo Princip acreditou estar agindo certo, quando o herdeiro do trono austro-húngaro veio visitar a cidade de Sarajevo. Ele acreditava que a região deveria pertencer à Sérvia (seu país) e não ao Império Austro-Hungaro...
Era o dia 28 de julho de 1914. A Áustria-Hungria declarou guerra à Sérvia e exigiu que ela se deixasse dominar. A Rússia, devido às suas relações com a Sérvia, declarou guerra à Áustria-Hungria. Em 1 de agosto, a Alemanha declarou guerra à Rússia. Em 3 de agosto, a Alemanha declarou guerra à França e invadiu a Bélgica, para chegar ao inimigo francês. Por isso, a Inglaterra declarou guerra à Alemanha, em 4 de agosto (violação da neutralidade belga). Era uma declaração de guerra de todo o Império Britânico (no mundo todo) à Alemanha. Em 6 de agosto, a Áustria-Hungria declarou guerra à Rússia.
Para sabermos as causas da Primeira Guerra Mundial, vamos fazer a Atividade 1 (Capitalismo X Socialismo)
Entre o fim do Século XIX e início do Século XX, muitas cabeças coroadas foram assassinadas:
O Czar Alexandre II (1818/1881) da Rússia, foi assassinado pelo grupo Narodnaya Volia (A Vontade do Povo);
Imperatriz Isabel da Áustria ou Sissi (1837/1898), assassinada pelo anarquista italiano Luigi Luceni (1873/1910);
Dom Luís Filipe (1887/1908), filho do Rei Carlos I de Portugal, foi assassinado por Alfredo Luís da Costa (1883/1908) e Manuel Buiça (1876/1908);
O Arquiduque Francisco Ferdinando (1863/1914), da Áustria, e sua esposa, a Arquiduquesa Sofia Maria (1868/1914), assassinados por Gavrilo Princip (1894/1918), terrorista do grupo Mão Negra.
Esse último e duplo assassinato é apontado como um dos motivos do início da Primeira Guerra Mundial. Mas, se ele não foi o único e nem o primeiro assassinato, por que motivou uma guerra em proporções mundiais? Vamos analisar:
A Revolução Industrial provocou um fenômeno de colonização, que ficou conhecido como Neocolonialismo. Apesar de várias nações praticarem essa "nova colonização", algumas se destacaram. Observe o mapa abaixo:
Repare que a maior parte da África foi colonizada por franceses, ingleses e alemães.
Essa busca por matérias-primas para as indústrias, bem como mercados consumidores, fez com que as nações se preparassem para uma eventual guerra. Assim, o período ficou marcado pela Paz Armada, que coincidiu com a Belle Époque. Dessa forma, vemos que a Europa vivia um clima tenso, nessa virada de século. Abaixo, o mapa da Europa em 1914:
Devido aos interesses na Europa, e em outros continentes, a França e a Rússia tinham feito um acordo de ajuda mútua (militar), em 1871. Em 1903, foi a vez da França fazer um acordo com a Inglaterra, e em 1907, foi a Inglaterra e a Rússia. Assim, criou-se a Tríplice Entente. Por outro lado, a Alemanha, o Império Austro-Húngaro e a Itália firmaram a Tríplice Aliança, em 1882. Essas alianças, e mais o Nacionalismo exacerbado, foram estopins da Guerra.
Entre 1870 e 1871, a França e a Prússia estiveram em guerra (Guerra Franco-Prussiana), porque o Imperador francês Napoleão III (1808/1873) não queria que a Família Real da Prússia assumisse o trono espanhol. Mas a França perdeu essa guerra, e teve que assinar o Tratado de Frankfurt (1871), onde cedeu as regiões da Alsácia e da Lorena à Prússia, bem como teve que pagar uma indenização de 5 bilhões de francos em ouro. Além disso, a Prússia conseguiu unir outras regiões germânicas e, em 1871, foi criado o Império Alemão. Por isso, a França e a Alemanha não se toleravam, fato que fez com que os franceses se unissem aos russos, ainda em 1871.
Enquanto a Alemanha promovia o Pan-Germanismo (Nacionalismo alemão), a Rússia promovia o Pan-Eslavismo (Nacionalismo russo). A ideia era conquistar terras na própria Europa, aumentando a "zona de poder" de cada nação. Isso levou a Rússia a fazer uma guerra contra o Império Turco-Otomano, pela posse dos Balcãs (mapa acima). A Rússia chegou a combinar com a Áustria-Hungria, que iriam "dividir" a região, caso ganhassem a guerra. Assim, entre 1877 e 1878, houve a Guerra Russo-Turca, que culminou com a independência da Romênia, da Sérvia, de Montenegro e da Bulgária (Tratado de Santo Estevão).
O Império Austro-Hungaro, percebendo que a Rússia não lhe daria direito a nada, exigiu a região da Bósnia-Herzegóvina (mapa abaixo), anexando-a a seu território, em 1908:
Mas a Sérvia, apoiada pela Rússia, também queria essa região. Assim, o estudante Gavrilo Princip acreditou estar agindo certo, quando o herdeiro do trono austro-húngaro veio visitar a cidade de Sarajevo. Ele acreditava que a região deveria pertencer à Sérvia (seu país) e não ao Império Austro-Hungaro...
Era o dia 28 de julho de 1914. A Áustria-Hungria declarou guerra à Sérvia e exigiu que ela se deixasse dominar. A Rússia, devido às suas relações com a Sérvia, declarou guerra à Áustria-Hungria. Em 1 de agosto, a Alemanha declarou guerra à Rússia. Em 3 de agosto, a Alemanha declarou guerra à França e invadiu a Bélgica, para chegar ao inimigo francês. Por isso, a Inglaterra declarou guerra à Alemanha, em 4 de agosto (violação da neutralidade belga). Era uma declaração de guerra de todo o Império Britânico (no mundo todo) à Alemanha. Em 6 de agosto, a Áustria-Hungria declarou guerra à Rússia.
Lista de Batalhas
1914
- Batalha de Liège (4 a 16 de agosto)
- Batalha de Charleroi (21 de agosto)
- Batalha de Tannenberg (1914) (23 de agosto a 2 de setembro)
- Primeira Batalha do Marne (5 a 12 de setembro)
- Batalha do rio Vístula, também conhecida como a Batalha de Varsóvia (29 de setembro a 31 de outubro)
- Batalha de Givenchy (18 a 22 de dezembro)
- Primeira Batalha de Champagne (20 de dezembro)
1915
- Batalha de Neuve Chapelle (10 a 13 de março)
- Campanha de Galípoli (25 de abril de 1915 a 6 de janeiro de 1916)
- Segunda Batalha de Champagne (25 de setembro a 6 de novembro)
1916
- Batalha de Verdun (21 de fevereiro a 19 de dezembro)
- Batalha da Jutlândia (31 de maio a 1 de junho)
- Batalha do Somme (1 de julho a 18 de novembro)
- Batalha de Guillemont (3 a 6 de Setembro)
1917
- Batalha de Arras (1917) (9 de abril a 16 de maio)
- Batalha de Caporetto, também conhecida como Décima-Segunda Batalha de Isonzo (24 de outubro a 9 de novembro)
- Batalha de Cambrai (1917) (20 de novembro a 6 de dezembro)
1918
- Segunda Batalha do Marne (6 de julho a 8 de agosto)
- Ofensiva dos Cem Dias (8 de agosto a 11 de novembro)
- Batalha de Havrincourt (12 de setembro)
- Batalha de Cambrai (8 a 10 de outubro)
- Batalha de Vittorio Veneto (23 de outubro a 3 de novembro)
- Batalha de Sharqat (23 a 30 de outubro)
A Guerra de Trincheiras
Os avanços na tecnologia militar significaram na prática um poder de fogo defensivo mais poderoso que as capacidades ofensivas, tornando a guerra extremamente mortífera. Oarame farpado era um constante obstáculo para os avanços da infantaria; a artilharia, muito mais letal que no século XIX, armada com poderosas metralhadoras. Os alemães começaram a usar gás tóxico em 1915, e logo depois, ambos os lados usavam da mesma estratégia. Nenhum dos lados ganhou a guerra pelo uso de tal artifício, mas eles tornaram a vida nas trincheiras ainda mais miserável tornando-se um dos mais temidos e lembrados horrores de guerra.
Numa nota curiosa, temos que no início da guerra, chegando a primeira época natalícia, se encontram relatos de os soldados de ambos os lados cessarem as hostilidades e mesmo saírem das trincheiras e cumprimentarem-se (trégua de Natal). Isto ocorreu sem o consentimento do comando, no entanto, foi um evento único. Não se repetiu posteriormente por diversas razões: o número demasiado elevado de baixas aumentou os sentimentos de ódio dos soldados e o comando, dados os acontecimentos do primeiro ano, tentou usar esta altura para fazer propaganda, o que levou os soldados a desconfiar ainda mais uns dos outros.
A alimentação era sobretudo à base de carne, vegetais enlatados e biscoitos, sendo os alimentos frescos uma raridade.
Fim da Guerra
A partir de 1917, a situação começou a alterar-se, quer com a entrada em cena de novos meios, como o carro de combate e a aviação militar, quer com a chegada ao teatro de operações europeu das forças norte-americanas ou a substituição de comandantes por outros com nova visão da guerra e das tácticas e estratégias mais adequadas; lançam-se, de um lado e de outro, grandes ofensivas, que causam profundas alterações no desenho da frente, acabando por colocar as tropas alemãs na defensiva e levando por fim à sua derrota. É verdade que a Alemanha adquire ainda algum fôlego quando a revolução estala no Império Russo e o governo bolchevista, chefiado por Lênin, prontamente assina a paz sem condições, (Tratado de Brest-Litovski) assim anulando a frente leste, mas essa circunstância não será suficiente para evitar a derrota. O armistício que pôs fim à guerra foi assinado a 11 de Novembro de 1918.
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