terça-feira, 18 de agosto de 2020

NONO F - ATIVIDADE 1 (TERCEIRO TRIMESTRE) - AS DÉCADAS de 50 e 60

Nesse texto, iremos ver algumas das mudanças pelas quais o mundo passou, nas décadas de 50 e 60, após a Segunda Guerra Mundial.

Como já vimos, no Segundo Trimestre, a Segunda Guerra Mundial terminou em 1945, com mais de 70 milhões de mortos. Somente em Hiroshima e Nagasaki, as duas cidades japonesas que foram bombardeadas com a bomba atômica, morreram mais de 110mil pessoas, instantaneamente. As explosões atômicas acabaram com a Guerra, mas deixaram o mundo apavorado.


Logo após o término da Guerra, as nações vencedoras (Inglaterra, França, Estados Unidos e União Soviética) dividiram a Alemanha e criaram a Organização das Nações Unidas (ONU, 1945), com o objetivo de evitar novas guerras. O Brasil participou da criação desse organismo internacional.


Mas, o objetivo de acabar com as guerras não foi atingido: em 1948, a ONU criou Israel, e logo começou a Guerra Árabe-Israelense de 1948.Tempos depois, houve a Guerra dos Seis Dias (1967). Na década de 50, entre 1950 e 1953, ocorreu a Guerra da Coreia, que acabou dividindo aquele país em Coreia do Norte e Coreia do Sul e, logo em seguida, começou a Guerra do Vietnã (1955 a 1975). Essas foram apenas algumas das guerras dessa época.



Outra situação complicada foi a divisão de Alemanha: ainda em 1945, esse país foi dividido entre o Reino Unido, França, Estados Unidos e União Soviética, e o mesmo aconteceu com a capital Berlim (mapa 1). Mas, tempos depois, o Reino Unido e a França "deixaram" suas partes para os Estados Unidos, e assim, surgiram dois países (mapa 2): a República Federal da Alemanha (a parte dos Estados Unidos, também chamada de Alemanha Ocidental) e a República Democrática da Alemanha (a parte da União Soviética, também chamada de Alemanha Oriental). Uma Capitalista e outra Socialista. E assim, esse país ficou dividido até 1990.


Observe que Berlim fica na parte vermelha, mas também foi dividida em quatro partes.


A Alemanha Ocidental é a verde e a Alemanha Oriental é a vermelha. O mesmo aconteceu com Berlim (detalhe, à direita).

O que podemos perceber é que o mundo, que era dominado por várias nações, agora estava sendo dividido por duas: Estados Unidos (Capitalista) e União Soviética (Socialista). Era uma divisão ideológica (ideias diferentes), que levava a guerras, como a Guerra da Coreia ou divisões, como aconteceu com a Alemanha. Mas, as duas potências nunca fizeram guerra, apesar de chegar perto dela, às vezes. Chamamos essa "guerra de nervos" de Guerra Fria. Ela começou logo após a Segunda Guerra Mundial, em 1945, e só terminou em 1990. A ilustração abaixo demonstra essa "guerra de ameaças":


Na Alemanha, a situação ficou complicada, pois muitos alemães não queriam fazer parte da Alemanha Oriental (Socialista), e começaram a fugir para a "outra" Alemanha (a Capitalista). Foram colocados guardas, na divisa entre os dois países, mas não estava adiantando. Assim, em 1961, começou a ser construído um muro, em Berlim: o famoso Muro de Berlim, que só foi derrubado em 1989 e, durante décadas, separou amigos, famílias, pessoas que não pediram para ser separadas. É o mesmo que acontece na Coreia do Norte e Coréia do Sul, até hoje. E tudo por causa das diferentes ideologias entre duas nações que até hoje, competem entre si, como na descoberta de uma vacina para a Covid-19, por exemplo.


Além da Guerra Fria, outro fato que aconteceu após a Segunda Guerra, foram as mudanças culturais, como o "surgimento" dos jovens, a emancipação feminina e as lutas dos negros, entre outras.

Os Jovens: após a Segunda Guerra Mundial, as pessoas queriam voltar a ter uma vida normal. Assim, aumentou o número de casamentos e nascimentos, que foi chamado de "Baby Boom" (uma explosão demográfica ou muitos nascimentos). Essas crianças, nascidas em 1946, 1947, 1948, fizeram dez anos na Década de 50 e 20 anos na Década de 60. E foi então que começaram a expressar sua rebeldia, no vestuário, nas atitudes, na música, etc. Essa rebeldia era por verem a situação que viviam, após duas Guerras, e acreditavam que deveriam fazer algo a respeito. Nos Estados Unidos, um jovem chamado Elvis Aaron Presley (1935/1977) queria gravar um disco para sua mãe, e acabou virando o Rei do Rock, ainda nos Anos 50. Além dele, surgiram Chuck Berry (1926/2017), Bill Haley (1925/1981), Rosetha Tharpe (1915/1973), Jerry Lee Lewis (1935/) e outros, muitos negros e pobres. Eles "inventaram o rock'n'roll, música dos jovens americanos dos Anos 50, que eram marginalizados, até que um branco (Elvis) começou a cantar com a "voz de um negro", e acabaram influenciando jovens no mundo todo, como os ingleses que criaram as bandas The Beatles e The Rolling Stones, entre outras, e os brasileiros, que criaram a Jovem Guarda, que virou até programa de televisão, nos Anos 60.





Acima, os astros da Jovem Guarda: Roberto Carlos (1941/), Wanderléa (1946/) e Erasmo Carlos (1941/) 

O visual do rock Anos 50 era comportado, mas haviam os "radicais", inspirados nos astros de Hollywood, Marlon Brando (1924/2004) e James Dean (1931/1955). O primeiro fez enorme sucesso no filme O Selvagem (1954) e o segundo, no filme Juventude Transviada (1955), lançando o estilo jeans, camiseta e jaqueta de couro.



As Mulheres: desde a Revolução Industrial (séculos XVIII e XIX), as mulheres passaram por muitas mudanças: a luta pelo direito de votar, no início do Século XX, o trabalho nas fábricas (quando os homens iam para as guerras, eram as mulheres que mantinham as fábricas funcionando), a luta para ocupar "cargos masculinos" (muitas profissões, antigamente, eram predominantemente "masculinas") e a eterna luta entre ter uma profissão e "cuidar da casa, do marido e dos filhos". Abaixo, o visual das mulheres, nos Anos 50: ainda usavam chapéus e luvas, fora de casa.


Mas, no final dos Anos 50 e durante os Anos 60, começaram a ocorrer mudanças, no vestuário, nas atitudes e nas reivindicações femininas: a minissaia e a invenção da pílula anticoncepcional ou contraceptiva (1960), por exemplo. A minissaia foi muito criticada, a princípio, por expor muito o corpo da mulher, e a pílula, por permitir que as mulheres pudessem decidir quando engravidar. As religiões se colocaram contra essas atitudes que, de certa forma, deram início a uma diminuição das famílias, entre outros fatores.



Os Negros: outro grupo que lutou muito, nos Anos 60, foi o dos negros norte-americanos pelos direitos civis (lutas por igualdade de direitos, perante a lei). Em 1955, a costureira negra Rosa Parks (1913/2005) foi presa porque se recusou a dar lugar, num ônibus, a um homem branco. Sua prisão provocou manifestações em todo o país. Nos anos seguintes, escolas foram fechadas, para impedir que alunos negros estudassem junto com alunos brancos, negros eram impedidos de entrar em diversos estabelecimentos comercias (lanchonetes, cinemas, restaurantes) e, quando o faziam, eram retirados pela polícia. Em 1962, o estudante negro James Meredith (1933/) ganhou na justiça o direito de ingressar numa universidade, mas o próprio governador foi impedi-lo. Foi preciso que o Presidente John Kennedy (1917/1963) enviasse o exército, para que o rapaz entrasse na universidade. Em 1963, 250 mil pessoas reuniram-se em Washington (capital dos EUA), para ouvir o pastor Martin Luther King (1929/1968) e cantores, como Joan Baez (1941/), para pedir maiores direitos e ouvir canções, como We Shall Overcome (Venceremos), que tornou-se um hino do movimento. Em 1964, o Presidente Lyndon Johnson (1908/1973) conseguiu que o Congresso aprovasse a Lei de Direitos Civis. Neste mesmo ano, Martin Luther King ganhou o Prêmio Nobel da Paz. Apesar disso, a situação não melhorou: em 1965, os cidadãos negros da cidade de Selma (Alabama) foram espancados pela polícia, porque queriam ir até o governador, exigir o direito ao voto, e a televisão mostrou toda a violência para o país inteiro, causando uma comoção nacional. Em 1966, o ativista negro Stokely Carmichael (1941/1998) começou a defender a ideia de que os negros revidassem os atos dos brancos (Movimento Black Power). Na mesma época, surgiram os Panteras Negras, que também defendiam que fosse usada a violência, pelos negros liderados por Malcom X (1925/1965). Malcom X foi assassinado em 1965 e Martin Luther King, em 1968. E até hoje, os negros norte-americanos lutam por seus direitos (agora, o movimento chama-se Black Lives Matter, ou Vidas Negras Importam). Abaixo, Rosa Parks, Martin Luther King e Malcom X:




QUESTÕES

1) Em 1946, o poeta e compositor Vinícius de Moraes (1913/1980) escreveu Rosa de Hiroshima e, em 1973, o Grupo Secos e Molhados gravou, em forma de música. Eis a letra:


Nessa questão, você deve analisar a poesia, relacionando as palavras com a explosão das bombas atômicas, na Segunda Guerra Mundial. Se quiser ouvir a música, pode acessar o Youtube:


2) Em seu livro, há um texto sobre o Movimento Hippie, na página 146. Leia esse texto, e responda as perguntas A e B:


3) Enquanto os negros lutavam por seus direitos, nos Estados Unidos, outros negros também lutavam, na África do Sul, liderados por Nelson Mandela (1918/2013). Leia  e resuma as páginas 172 e 173, a fim de explicar o que foi o Apartheid, e o que aconteceu com Nelson Mandela:



QUESTÃO OPCIONAL: leia o texto Belmonte, O Caricaturista Brasileiro que Irritou Joseph Goebbels e responda as questões abaixo:

a) O que é caricatura? E charge? Qual a utilidade ou importância delas?

b) Quem foi Belmonte e quem foi Joseph Goebbels?

c) Por que Belmonte irritou Goebbels?

d) Explique essa charge de Belmonte (tem palavras embaixo):






Um comentário:

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