sexta-feira, 7 de agosto de 2020

PRIMEIROS ANOS - ATIVIDADE 1 (TERCEIRO TRIMESTRE) - A ALTA IDADE MÉDIA

 Para começar esse Conteúdo, vamos relembrar as divisões da História Geral:

a) Idade Antiga ou Antiguidade: aproximadamente 4.000 a.C. até 476 d.C. (cerca de 4.500 anos de História);

b) Idade Média ou Medieval: de 476 d.C. até 1453 d.C. (cerca de 1.000 anos de História);

c) Idade Moderna: 1453 até 1789 (cerca de 300 anos de História);

d) Idade Contemporânea: de 1789 até os dias atuais (menos de 250 anos de História).

Importante: essas divisões só existem para estudo, pois a História é uma continuidade. E cada período equivale a uma grande mudança. O fim da Antiguidade e início da Idade Média, por exemplo, tem a ver com o fim do Império Romano. E você sabia que três impérios surgiram, onde antes era o Império Romano? Vamos ver isso, nesse texto:

I) O Fim do Império Romano: como sabemos, o Império Romano era imenso, e era habitado por diversos povos, como egípcios, judeus, gregos, gauleses, etc. E, ao redor dele, também viviam muitos povos, chamados de bárbaros, pelos romanos. Esses povos tinham relações com os romanos que viviam nas fronteiras, servindo o exército, ocupando cargos e até casando-se com eles. E, também adotavam a religião cristã, desde que se tornou oficial.

Quando Teodósio I dividiu o Império, em 395, a parte Ocidental ficou mais vulnerável e, pouco tempo depois, milhares de bárbaros entraram no Império Romano, fugindo dos hunos, que eram muito selvagens, e matavam todos, destruindo suas vilas e aldeias.

Assim, em 476 d.C., o Império Romano do Ocidente praticamente desapareceu, e em seu lugar surgiram diversos Reinos Bárbaros. Observe os mapas abaixo:

Esse era o Império Romano, antes da divisão.

Aqui, vemos como ele ficou, depois que foi dividido, em 395 d.C.

Observe que, onde era o Império Romano do Ocidente (à esquerda, no mapa), surgiram os Reinos Bárbaros: vândalos (na África), visigodos (onde hoje é Portugal e Espanha), suevos (onde hoje é Portugal), francos (atuais França e Alemanha), burgúndios (Europa Central), ostrogodos (Itália), anglos e saxões (atual Inglaterra). E o Império Romano do Oriente passou a chamar-se Império Bizantino, e já vamos saber o porquê.

Esses novos Reinos uniram seus próprios costumes (Germanismo) aos costumes romanos (Romanismo) e ao Cristianismo:

Germanismo: três costumes dos povos germânicos merecem destaque: o comitatus (o líder tinha a lealdade de seus comandados e, em troca, deveria garantir os interesses deles, como questão de honra), a economia baseada na agricultura e na criação de animais e a sociedade estatizada (haviam os guerreiros, homens livres inferiores e escravos, e ninguém mudava seu status social);

Romanismo: entre os romanos, a escravidão entrou em declínio, no final do Império Romano. Assim, nas áreas rurais, foi se desenvolvendo o colonato: o proprietário das terras cedia espaços para os colonos plantarem e criarem animais e, em troca, recebiam parte da produção;

Cristianismo: como já vimos, o Cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano. Quando os povos germânicos ocuparam as terras romanas, começaram a adotar essa religião, a fim de obterem poder e controle sobre as populações locais. Dessa forma, a Igreja tornou-se um poder cada vez maior.


Com essas mudanças, terminou a Idade Antiga ou Antiguidade, e teve início a Idade Média ou Medieval (476 a 1453).


Para fins de estudo, a Idade Média pode ser dividida em duas partes ou períodos:

a) Alta Idade Média (do Século V ao Século X);

b) Baixa Idade Média (do Século X ao Século XV).

A ALTA IDADE MÉDIA

Nesse período, desenvolveram-se três Impérios:

a) Império Bizantino: o Império Romano do Oriente foi criado em 395 (Século IV), e sua capital era Constantinopla. Quando o Império Romano do Ocidente chegou ao fim, em 476 d.C., a cultura grega passou a dominar a outra parte, e Constantinopla voltou a ter seu nome original: Bizâncio, que era uma cidade grega (lembra?). Assim, o Império passou a ser chamado de Bizantino, e continuou a ser governado por imperadores, durando mais mil anos (até 1453). 
O Imperador bizantino mais famoso foi Justiniano (482/565), por ter organizado todas as leis romanas, no Código Justiniano, também conhecido como Corpus Juris Civilis. Ele casou-se com uma mulher do povo, Teodora (500/548), que o apoiou, quando houve uma grande revolta (Revolta de Nika ou Niké, 532). Abaixo, o casal imperial, feito em mosaico, que era uma arte muito utilizada, no Império Bizantino:


b) Império Carolíngio: entre os muitos povos que invadiram o Império Romano do Ocidente, no Século V, estavam os francos. Segundo a tradição, eles eram guiados por Meroveu (411/458) e o neto dele, Clóvis I (466/511), foi o primeiro rei. Assim, surgiu a Dinastia Merovíngia (481 até 751), a primeira dinastia de reis franceses. No início, os reis merovíngios guiavam seus exércitos e seu povo mas, com o tempo, foram passando essa função para seus ministros, chamados de Prefeitos do Palácio ou Majordomus.
Um desses prefeitos, Pepino de Heristal (635/715) tornou esse cargo hereditário. Assim, seu filho Carlos (690/741), o sucedeu. Carlos ficou famoso por derrotar os muçulmanos, na Batalha de Poitiers ou Batalha de Tours (732), e ganhou o apelido de Carlos Martel. Com a fama adquirida, Carlos passou a ter mais poder que o rei merovíngio. Assim, o filho de Carlos, Pepino, o Breve (714/768), destronou o último rei merovíngio, Childerico III, e passou a ser o novo rei, dando início à Dinastia Carolíngia (751 a 987). 
O mais famoso Rei Carolíngio foi o filho de Pepino, o Breve: Carlos Magno (742/814). Ele expandiu o Reino Franco e incentivou a cultura (Renascimento Carolíngio). Nessa mesma época, o Império Bizantino parou de ajudar o Papa Leão III (750/816) contra seus inimigos, e ele teve uma ideia: convidou Carlos Magno para a Missa de Natal (Ano 800) e, durante a missa, declarou que ele era o novo Imperador do Ocidente e defensor da Igreja, colocando uma coroa em sua cabeça. Para Carlos Magno, esse ato significou um aumento em seu status, e para o Papa, agora havia um novo defensor. A tradição do Papa coroar o rei ou imperador durou de 800 até 1804 (mil anos). E o Reino Franco passou a ser chamado de Império Carolíngio.


c) Império Árabe: para compreendermos esse Império, temos que falar de Maomé (571/632). Ele viveu na cidade de Meca que, já na sua época, era um local de encontro de mercadores e peregrinos. Nessa cidade, havia a Caaba, uma grande construção, e dentro dela, a Pedra Negra e imagens de vários deuses (eles eram politeístas). Mas, em suas peregrinações, Maomé teria recebido uma mensagem divina, a Shahada ("Não há outro deus além de Allah, e Maomé é o seu profeta") e o Islã ("submissão a Allah"). Assim, Maomé começou a pregar essa religião monoteísta, o que incomodou os mercadores da cidade (se só existisse um deus, os devotos de outros deuses iriam embora, e o comércio seria prejudicado). Maomé foi ameaçado de morte, por suas ideias, e fugiu para Medina, uma cidade mais ao norte. Essa fuga (Hégira, em árabe) ocorreu no ano 622, considerado o Ano 1 do Islamismo.
Dez anos depois, Maomé retornou a Meca, com um exército de dez mil soldados, convertidos ao Islamismo. A pessoa que se converte a essa religião, fica conhecida como muçulmana  e precisa obedecer as cinco regras básicas (cinco pilares do Islã).

Maomé morreu em 632, mas já começava a formar um Império, e seus seguidores deram continuidade, conquistando terras no atual Oriente Médio, no Norte da África (conhecido por Magreb) e na Península Ibérica (atuais Portugal e Espanha). Só na Europa, eles dominaram por cerca de sete séculos, chegando em 711 e ali ficando até 1492, quando foram expulsos pelos reis espanhóis. Veremos esses fatos futuramente.

QUESTÕES

1) Texto: redija um texto sobre o Império Romano (27 a.C. a 476 d.C.), onde explique o início e o fim, os principais acontecimentos, principais personagens e o desenvolvimento do Cristianismo, e como ele tornou-se a religião oficial. Para isso, você pode rever as atividades anteriores, pesquisar em livros ou revistas, na Internet ou em seu livro didático. Mas, lembre-se: uma redação deve ser prática (sem enrolações), simples, clara e precisa!

2) A Europa Medieval foi formada por três elementos: Germanismo (costumes trazidos pelos bárbaros), Romanismo (costumes dos romanos) e o Cristianismo. Então, leia novamente essa parte do texto, e explique-a, com suas palavras:

3) No livro didático, na página 123, há uma questão da PUC de SP, sobre a "compreensão do mundo por meio da religião". Leia, escolha a opção correta (apenas uma), transcreva-a aqui e explique-a, com sua palavras:

(Puccamp) Preparando seu livro sobre o imperador Adriano, Marguerite Yourcenar encontrou numa carta de Flaubert esta frase: "Quando os deuses tinham deixado de existir e o Cristo ainda não viera, houve um momento único na história, entre Cícero e Marco Aurélio, em que o homem ficou sozinho". Os deuses pagãos nunca deixaram de existir, mesmo com o triunfo cristão, e Roma não era o mundo, mas no breve momento de solidão flagrado por Flaubert o homem ocidental se viu livre da metafísica - e não gostou, claro. Quem quer ficar sozinho num mundo que não domina e mal compreende, sem o apoio e o consolo de uma teologia, qualquer teologia? (Luiz Fernando Veríssimo. Banquete com os deuses).

A compreensão do mundo por meio da religião é uma disposição que traduz o pensamento medieval, cujo pressuposto é:

a) o antropocentrismo: a valorização do homem como centro do Universo e a crença no caráter divino da natureza humana (  )

b) a escolástica: a busca da salvação através do conhecimento da filosofia clássica e da assimilação do paganismo (  )

c) o panteísmo: a defesa da convivência harmônica de fé e razão, uma vez que o Universo, infinito, é parte da substância divina (  )

d) o positivismo: submissão do homem aos dogmas instituídos pela Igreja e não questionamento das leis divinas (  )

e) o teocentrismo: concepção predominante na produção intelectual e artística medieval, que considera Deus o centro do Universo (  )

I) Transcrição da opção correta: 

II) Explicação da opção escolhida: 

4) O texto cita os "cinco pilares do Islã", no Império Árabe. Pesquise quais eram esses pilares:



QUESTÃO OPCIONAL: leia o texto O Tempo na Idade Média e A Invenção do Relógio (Link abaixo) e responda a quatro questões:

a) Segundo o texto, como era marcado o tempo (tempo litúrgico e sinos das igrejas), na Idade Média?

b) Dê detalhes sobre a invenção e a evolução do relógio, segundo o texto:

c) O que eram os autômatos e qual a relação deles com a marcação do tempo?

d) O que são relógios astronômicos?








 












Nenhum comentário:

Postar um comentário