Como vimos, na Atividade 2 (As Religiões Medievais), o Cristianismo e o Islamismo desenvolveram-se na Idade Média, e seus seguidores viviam em regiões próximas. Na Mapa abaixo, podemos ver as religiões que existiam, no Ano 1000 (em verde o Islamismo e em azul o Cristianismo):
Os muçulmanos (seguidores do Islamismo) não tinham grandes problemas com outras religiões, mas os cristãos tinham (também já vimos isso): eles não aceitavam pessoas de outras religiões (intolerância religiosa). E, na Idade Média, cristãos e muçulmanos travaram duas grandes batalhas: a Guerra da Reconquista (711 a 1492) e as Cruzadas (1096 a 1270). Nesse texto, vamos conhecer detalhes das duas:
Você já ouviu falar em Cavalhada? É uma celebração que teve origem em Portugal (terra do pintor Antônio Poteiro) e veio para o Brasil, principalmente em Pirenópolis (GO), Poconé (MT), Guarapuava (PR), Vacaria (RS) e Campos dos Goytacazes (RJ), entre outros. Nelas, há uma "disputa" entre cristãos e mouros (muçulmanos, também chamados de sarracenos).
A Guerra da Reconquista
No ano 711, Tārik ibn Ziyād (670/720) comandou a invasão da Península Ibérica (Batalha de Guadalete), onde já existiam os Reinos Cristãos. Depois da vitória inicial, os mouros (outro nome dado aos muçulmanos) dominaram Sevilha (713), Coimbra (714) e, em pouco tempo, dominavam toda a Península. O próximo passo foi a invasão do Reino Franco, mas foram derrotados pelas tropas de Carlos Martel (690/741) na Batalha de Poitiers ou Tours (732). Assim, ficaram na Península Ibérica. Mas, os Reinos Cristãos logo começaram a reconquistar as terras invadidas, na Guerra da Reconquista (711 a 1492):
Os principais Reinos Cristãos eram Leão, Castela, Navarra e Aragão, além do Condado da Catalunha. Do Reino de Leão surgiu o Reino de Portugal (1139), enquanto que os demais reinos deram origem à Espanha. Os muçulmanos dominaram a Península Ibérica até 1492 (Século XV), quando foram expulsos pelos Reis Católicos, Fernando II de Aragão (1452/1516) e Isabel I de Castela (1451/1504):
Os árabes ocuparam o Sul da Península, que chamavam de Al-Andalus. Nos sete séculos que ali viveram, fizeram muitas trocas culturais com os cristãos, lhes ensinando a produzir álcool, utilizar os algarismos indo-arábicos (0, 1, 2, 3, 4, 5...), cultivar diversos tipos de plantas, como café, cana de açúcar, laranjas, limões, etc., e utilizar palavras de origem árabe, como alfândega, altar, assassino e outras, por exemplo. Até hoje, podemos encontrar muitas construções no estilo muçulmano, em Portugal e na Espanha, como o Palácio de Alhambra, por exemplo:
No Século VIII (750), outra família dominou o Império: os Abássidas, que fizeram sua capital em Bagdá (atual capital do Iraque). Os Omíadas continuaram governando Al-Andalus, separados dos Abássidas. O Califado Abássida durou até o Século XVI, em algumas regiões.
Outro grupo que merece destaque, é dos turcos seljúcidas, que fizeram um Império, que durou de 1072 até 1092. Apesar de ter tido curta duração, esse Império entrou em conflito com os bizantinos e cristãos, tentando invadir Constantinopla e impedido que cristãos entrassem em Jerusalém.
Vendo os invasores como uma ameaça, o Papa Urbano II (1042/1099) convocou os reis e nobres cristãos para o Concílio de Clermont (1095), onde convocou a cristandade a lutar contra os muçulmanos, naquilo que ficou conhecido como Cruzada, por causa da cruz de Cristo.
Como haviam muitos interesses em jogo, principalmente religiosos e comerciais, muitos resolveram acolher a proposta. Mas, enquanto se preparavam, houve a Cruzada dos Mendigos (1096), liderada por Pedro, o Eremita (1053/1115), que fracassou. A Primeira Cruzada ocorreu entre 1096 e 1099, e ficou famosa pelo massacre que os cristãos fizeram, em Jerusalém, matando muçulmanos, judeus, e até mesmo cristãos, num verdadeiro banho de sangue, no episódio que fico conhecido como Massacre de Jerusalém (1099):
Após a Primeira, ainda houveram ainda mais sete cruzadas oficiais, totalizando oito cruzadas oficiais, além da Cruzada Albigense (1143) e a Cruzada das Crianças (1212):
A mais famosa Cruzada foi a terceira, que ficou conhecida como Cruzada dos Reis, por causa da participação dos reis Filipe II da França (1165/1223), do Imperador Frederico Barba Ruiva, do Sacro Império Romano Germânico (1122/1190) e do Rei Ricardo Coração de Leão da Inglaterra (1157/1199).
Link 2: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/a-queda-dos-templarios-e-a-maldicao-de-jacques-de-molay/
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